"Quem abriu a porta aos extremos foi o PS" junto da "extrema-esquerda"

Rui Rio terminou a campanha no Terreiro do Paço, onde acusou o PS de mentir e deturpar as propostas do PSD ao longo da campanha. "Cada voto que cair no Chega, António Costa sabe que é uma segurança para que ele continue primeiro-ministro", apontou.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Tomásia Sousa
28/01/2022 17:48 ‧ 28/01/2022 por Tomásia Sousa

Política

Legislativas

O presidente do PSD prometeu hoje um governo "sem extremos nem à direita nem à esquerda", assegurando que "quem abriu a porta aos extremos foi o PS".

No último dia de campanha, depois de uma arruada no Chiado, Rui Rio discursou junto ao Terreiro do Paço, no final da Rua Augusta, onde voltou a queixar-se de ter sido alvo de mentiras por parte do PS.

"Nós não abrimos a porta aos extremos, quem abriu a porta aos extremos foi o PS", garantiu, acusando Costa de ter andado aos "zigzagues", mas ter terminado a campanha a abrir a porta à discussão com "a extrema-esquerda".

"É preciso ter descaramento!", atirou Rio, apontando várias das câmaras onde o PS colaborou com o Chega. "Quer nas autarquias quer na Assembleia da República, [PS] não tem problemas em votar junto com o Chega."

"Cada voto que cair no Chega, António Costa sabe que é uma segurança para que ele continue primeiro-ministro. Um Chega forte não interessa ao PSD, interessa ao PS."

O líder do PSD ironizou, afirmando que "agora já é possível aquilo que antes não era possível", referindo-se a um entendimento à esquerda.

"Já percebemos que no domingo tanto faz votar no PS, no Bloco ou no PCP. Vai dar ao mesmo. É tudo a mesma coisa", referiu, garantindo que "o único partido que pode garantir um governo alternativo ao PS é o PSD". Para Rio, o Partido Social Democrata é também o único a poder oferecer um executivo "sem extremos nem à direita nem à esquerda". 

Em jeito de balanço destas duas semanas de campanha, o líder social democrata acusou o PS de mentir e deturpar as propostas do PSD "para incutir o medo nas pessoas e para fazer prevalecer a mentira".

"Nós preocupámo-nos em fazer uma campanha pela positiva, apresentámos as nossas ideias e contrariámos as ideias dos adversários também pela positiva, mostrando a diferença", apontou. "Todos os dias, em vez de um comício, organizámos sessões em que dissemos o que queriamos para a economia, para a saúde, para o ambiente, para a agricultura, para a justiça. Andámos pela positiva a divulgar as nossas ideias. É assim que eu acho que se deve fazer uma campanha eleitoral. Mas não é assim que o PS pensa."

"O PS optou por mentir", atirou Rio, enquanto os apoiantes gritavam: "O povo não esquece que a culpa é do PS". "Merecem perder quando é assim que procuram fazer uma campanha eleitoral", acrescentou o dirigente social democrata.

"É uma vergonha, ao fim de tantos anos de governação, predominantemente do PS, Portugal ser dos que tem dos salários mais baixos da Europa."

Leia Também: Santana, Moedas e Ferreira Leite ao lado de Rio no Chiado

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