"Trocámos alguns panfletos, quer com o PS, quer também com o PSD", pelo que "ficamos com as ideias uns dos outros e vamos antecipando, se calhar, o debate que vai ocorrer depois do dia 30 de janeiro", afirmou.
Com início na Praça de Luís de Camões, a derradeira arruada do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) 'intrometeu-se' entre as de socialistas e sociais-democratas, partindo depois do desfile do PS e antes do PSD.
Apesar da proximidade, Inês Sousa Real, acompanhada por algumas dezenas de apoiantes, não chegou a cruzar-se com António Costa nem com Rui Rio.
"Hoje é um dia em que estamos todos na rua. Já nos cruzamos com o PS e com o PSD e também com outras forças políticas", referiu, considerando "importante em política" saber desejar "uma participação plural de todos".
Questionada pelos jornalistas sobre as expetativas para as eleições, a porta-voz do PAN disse esperar que "as causas saiam vencedoras" e que "todos possam gerir o futuro do país".
Antes da arruada, na Praça de Luís de Camões, o partido liderado por Inês Sousa Real realizou um evento que contou com a atuação da cantora Elisa Rodrigues, a que se seguiu uma intervenção política da porta-voz do PAN.
Num curto discurso no final da sessão, Inês Sousa Real afirmou que, após as eleições, qualquer partido que "esteja em condições de formar uma solução governativa para o país terá que ter, inevitavelmente, um compromisso com a cultura e com as artes".
"Se, de um lado, temos estes artistas inspiradores, sabemos que, por outro lado, temos atividades anacrónicas, como a própria tauromaquia, que já deveria ter sido abolida e continua a beneficiar de financiamento públicos", sublinhou.
Já "o verdadeiro setor cultural", acrescentou, continua a "ter que mendigar".
Depois de passar pelo Chiado, a arruada do PAN terminou na Praça do Comércio.
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