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Faro: PS mantém liderança no Algarve, BE perde deputado para Chega

O PS repetiu hoje a vitória eleitoral de 2015 e 2019 no Algarve e manteve os cinco mandatos, enquanto o Bloco de Esquerda perdeu para o Chega o deputado que mantinha desde 2009 pelo círculo eleitoral de Faro.

Faro: PS mantém liderança no Algarve, BE perde deputado para Chega
Notícias ao Minuto

23:56 - 30/01/22 por Lusa

Política Legislativas

Os socialistas, que nunca perderam a supremacia na região (distrito de Faro) nos últimos 20 anos, conquistaram 39,87% dos votos, superando o resultado obtido em 2015 (32,77%) e 2019 (36,76%).

O PSD, que manteve os três mandatos conquistados em 2019, continua a ser o segundo partido mais votado na região, onde obteve 24,35% dos votos, superando o resultado obtido em 2019 (22,3%), mas longe dos 31,47% alcançado em 2015, quando concorreu coligado com o CDS-PP.

Acompanhando a tendência nacional, o Chega foi a terceira força política mais votada no Algarve (12,3%), alcançando o seu primeiro mandato na região, superando o resultado de 2019 (2,14%).

O BE foi o partido que mais desceu nas intenções de voto na região, sendo a quarta força política mais votada (5,76%), longe dos 12,31% de 2019, perdendo o mandato que conquistou pela primeira vez em 2009 pelo círculo eleitoral de Faro.

A coligação CDU (PCP/PEV) voltou a descer nas intenções de voto no Algarve, sendo a quinta força com maior número de votos (4,81%), menos cerca de três pontos percentuais em relação a 2019 (7,05%), falhando o objetivo a que se propôs nestas legislativas o de eleger um deputado pela região.

Já a IL alcançou o sexto melhor resultado nestas legislativas (4,64%), superando os 0,82% de 2019.

Por seu turno, o CDS-PP, com 1,08% registou nestas eleições o pior resultado desde 1999, quando obteve 7,26% e longe dos 3,81% de 2019, atrás do PAN (2,16%) e do Livre (1.08%).

O CDS-PP foi o mais votado dos partidos sem representação parlamentar, sendo que todos os outros não alcançaram a fasquia de 1%.

Em matéria de deputados eleitos, o PS elege os repetentes Jamila Madeira, Jorge Botelho (atual secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local) e Luís Graça, enquanto os outros dois eleitos, Isabel Guerreiro e Francisco Oliveira, estreiam-se no parlamento.

O PSD elegeu Luís Gomes (antigo presidente da Câmara de Vila Real de Santo António) e os repetentes Rui Cristina e Ofélia Ramos.

Pedro Pinto foi o eleito pelo Chega no círculo eleitoral de Faro.

De acordo com os dados provisórios do Censos 2021, o distrito de Faro tem uma população residente de 467.475 habitantes.

Comparativamente a 2011, segundo os dados apurados nos Censos, regista-se um aumento de 16.469 habitantes.

De acordo com dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, atualmente, há 380.371 eleitores inscritos no distrito, mais 3.570 do que nas legislativas de 2019.

Nesse ano, apenas votaram 172.699 dos 376.801 eleitores inscritos, para eleger os nove deputados atribuídos ao círculo de Faro, o que representou uma abstenção de 54,1%, superior à abstenção nacional, que foi de 51,4%.

Em 2022, a realidade política distrital reaparece mais uma vez bipolarizada com o PS a vencer em todos os 16 concelhos algarvios, numa eleição em que a única novidade de substância foi a perda do deputado do BE para o Chega.

No distrito de Faro votaram hoje 194.967 das 380.371 pessoas inscritas, o que corresponde a uma participação de 51,26% e a uma abstenção de 48,74%, um valor mais baixo do que em 2019 (54,1%).

Mais de 10,8 milhões de eleitores foram chamados a votar nas legislativas antecipadas, após o chumbo do Orçamento do Estado, para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

Esta é 16.ª vez, desde 1976, que os portugueses votam para eleições parlamentares, em democracia.

Leia Também: PCP diz que "bipolarização artificial" prejudicou resultado da CDU

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