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"Uma maioria absoluta não é o poder absoluto, não é governar sozinho"

António Costa fez discurso de vitória. Portugueses "mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política", considerou, defendendo que se tratou de "uma vitória da humildade, confiança e pela estabilidade".

"Uma maioria absoluta não é o poder absoluto, não é governar sozinho"

António Costa fez, pouco depois da meia-noite, o seu discurso de vitória nestas eleições legislativas antecipadas que decorreram este domingo, dia 30 de janeiro. "Depois de seis anos do exercício de funções como primeiro-ministro, depois dos últimos dois anos num combate sem precedentes contra uma pandemia, é com muita, muita emoção que assumo esta responsabilidade que os portugueses hoje me confiaram", disse.

"Esta foi uma vitória da humildade, confiança e pela estabilidade", disse, repetindo as palavras que, anteriormente, Duarte Cordeiro tinha proferido. 

"O povo votou e o PS ganhou. Os portugueses confirmaram hoje, de modo inequívoco, o que já tinham dito há dois anos: desejam um Governo do PS para os próximos quatro anos", salientou, acrescentando que os eleitores "mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política"

"Devo interpretar esta vitória como um voto de confiança, como uma enorme responsabilidade pessoal, de promover os consensos necessários na Assembleia da República, em sede de concertação social e no conjunto da sociedade portuguesa", uma vez que "uma maioria absoluta não é o poder absoluto, não é governar sozinho".

E mais: "Será uma maioria de diálogo com todas as forças políticas que representam na AR os portugueses na sua pluralidade. Ser uma maioria que protege a independência o poder judicial e que cooperará lealmente com todas as instituições". 

"A maioria nasceu da vontade dos portugueses"

António Costa assumiu ainda que o PS conseguiu atingir a maioria absoluta, com a "eleição de 117 a 118 deputados". "A maioria nasceu da vontade dos portugueses", salientou.

"Quando for indigitado pelo senhor Presidente da República, promoverei reuniões com todas as forças políticas, com a exceção daquela que disse que não faz sentido consumir tempo de diálogo", afirmou António Costa, referindo-se ao Chega.

O líder socialista fez a sua declaração de vitória no piso -1 do Hotel Altis, na rua Castilho, em Lisboa, com os militantes na sala a agitarem bandeiras do PS e da JS e a gritarem "vitória, vitória", e "Costa, amigo, o povo está contigo".

[Notícia atualizada às 00h30]

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