"Tivemos resultados minimamente razoáveis em Viseu e Vila Real, porque são terras da província. Nos grandes centros, o voto foi completamente bipolarizado entre o PS e o PSD", disse Joaquim Afonso à agência Lusa, considerando que as eleições, que poderão garantir a maioria absoluta aos socialistas, "foram atípicas".
O presidente e cabeça de lista por Lisboa referiu que à exceção do ADN, "que apostou e capitalizou os votos dos negacionistas", os resultados penalizaram todos os outros partidos sem representação parlamentar.
"Todos os outros pequenos partidos, à exceção do ADN, tiveram cerca de metade ou menos dos resultados que tinham tido em 2019 e nós, ainda por cima, fomos a cerca de metade dos círculos a que tínhamos ido", afirmou Joaquim Afonso.
O dirigente do Nós, Cidadãos! considerou essencial "movimentar e mobilizar a opinião pública para alterar a lei eleitoral" e, apesar de garantir não querer "fazer acusações sem provas", manifestou dúvidas sobre o processo de recolha do voto antecipado nos lares.
"Esta coisa dos autarcas irem buscar os votos aos lares deixa-me com o ninho atrás da orelha, porque não pode haver todas as sondagens enganarem-se tanto a dois dias das eleições", disse Afonso, acrescentando: "Temos que corrigir e limitar estes problemas que me parece que aconteceram" ou "qualquer dia, temos uma Venezuela na Europa e isso não pode acontecer".
Quando estavam apurados os resultados provisórios em 3.089 das 3.092 freguesias, o Nós, Cidadãos! somava 2.942 votos (0,06%).
Nas eleições legislativas de 2015, o Nós, Cidadãos! não foi além dos 21.439 (0,40%) votos e, em 2019, dos 12.391 (0,24%).
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