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Aveiro: BE e CDS perdem os mandatos para PS, PSD e Chega

O PS voltou no domingo a ser o partido mais votado nas legislativas no distrito de Aveiro e o Chega alcançou o primeiro mandato por este círculo, enquanto BE e CDS perderam os seus representantes.

Aveiro: BE e CDS perdem os mandatos para PS, PSD e Chega
Notícias ao Minuto

00:50 - 31/01/22 por Lusa

Política Legislativas

Os concelhos de Aveiro, Ílhavo e Albergaria-a-Velha mudaram o sentido de voto maioritário do PSD para o PS, enquanto Vale de Cambra passou de uma vitória do PS para o PSD, o que significa que o PS foi vitorioso em 12 dos 19 concelhos do distrito e o PSD em sete.

Na capital de distrito, o PS conseguiu agora uma vitória 'folgada' (36,26%), depois de em 2019 ter ficado em segundo lugar, com uma diferença mínima em relação ao PSD, que então ganhou no concelho com 31,23% dos votos.

Em São João da Madeira, terra natal de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, que foi o cabeça da lista socialista por este círculo eleitoral, o PS obteve 45,30% dos votos, enquanto o PSD obteve 30,33%.

Já em Ovar, onde o vice-presidente do PSD Salvador Malheiro preside à Câmara, o PS voltou a conseguir ganhar, com 42,72% dos votos, contra 32,98% do PSD.

Os socialistas elegeram oito deputados, mais um do que em 2019. Além de Pedro Nuno Santos, vão representar o distrito Cláudia Santos, Filipe Neto Brandão, Porfírio Silva, Susana Correia, Hugo Oliveira, Joaquim Sá Pereira e Bruno Aragão.

O PSD garantiu a eleição de Topa Gomes, Paula Cardoso, Ricardo Sousa, Helga Correia, Rui Cruz, Carla Madureira e Rui Vilar, ou seja, aumentou de seis para sete os eleitos por Aveiro.

Como terceira força política, com 5,63%, o Chega conseguiu eleger Jorge Alveias Rodrigues, um mandato que não tinha sido alcançado em 2019, quando o partido obteve 0,74%.

No círculo eleitoral de Aveiro o número de inscritos nestas legislativas foi de 321.078 e votaram 180.914, o que corresponde a uma abstenção de 43,65%.

Em 2019, o PS havia conseguido ser o partido mais votado (34,31%), tendo conquistado sete lugares no parlamento em 16 possíveis e ficado com mais dois deputados do que em 2015.

O PSD ficou nesse ato eleitoral em segundo (33,55%) com seis deputados, o BE foi a terceira força política, com dois deputados, e o CDS elegeu um deputado, com 5,69% dos votos.

No distrito votaram antecipadamente no dia 23 um total de 16.387 eleitores, de um total de 18.005 inscritos para o voto antecipado.

O distrito perdeu na última década mais de 13 mil habitantes, passando de uma população de 714.197 residentes em 2011 para 700.964 (-1,85%), segundo os dados dos Censos de 2021 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, mas a capital de distrito teve um aumento de 3,1%, passando de 73.355 habitantes em 2011 para 80.880 em 2021.

De acordo com a base de dados Eyedata, com informação reportada a 2020, a percentagem de desempregados no distrito situava-se nos 4,63%, sendo o salário médio de 1.134,42 euros. Predominam os setores da indústria transformadora e do comércio, destacando-se ainda o setor das pescas.

Ao nível da escolaridade, 28,11% da população com mais de 15 anos possui pelo menos o ensino secundário.

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