Mariana Mortágua? "Se assim fosse, o seu mandato seria inútil"

Isabel Moreira atacou uma das irmãs Mortágua por uma frase proferida num programa de debate na SIC Notícias.

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Notícias ao Minuto
02/02/2022 12:54 ‧ 02/02/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Isabel Moreira

Isabel Moreira, deputada pelo PS, escreveu, na manhã desta quarta-feira, um texto na rede social Facebook onde lança farpas a um comentário de Mariana Mortágua, do BE, no programa 'Linhas Vermelhas', da passada segunda-feira, na SIC Notícias. 

Intitulada 'Não ponham em causa a Democracia, pode ser?', a socialista salienta que aprecia "quem sabe ganhar e quem sabe perder. Já estive dos dois lados"

"Quando estive do lado da derrota, ocorreu-me dar os parabéns a quem venceu e refletir sobre o que teríamos feito de errado. Culpar o povo, tomar o povo por estúpido, manipulável à semana, tomar o povo por uma massa estranha de gente que não sabe o que quer não é coisa de democratas", aponta, acrescentando que, "pior ainda, é ouvir uma deputada eleita em Democracia afirmar que 'maioria absoluta é poder absoluto sem escrutínio'". 

E é aqui que entra uma das irmãs Mortágua, 'dona' da citação. "Lamento que o tenha feito. Se assim fosse, o seu mandato seria inútil", ataca Isabel Moreira. 

"Como democrata", Isabel aponta que Mariana "deveria saber que a maioria absoluta é uma possibilidade dentro da democracia representativa, fruto da vontade do povo, escrutinada pela oposição através dos mecanismos que conhecemos bem, num sistema político-constitucional que tem um Presidente da República com as competências conhecidas". 

E mais: "Também penso que sabemos da exigência de um Tribunal Constitucional e da exigência de comunicação social livre e do livre exercício de todos os direitos fundamentais. Cansa um pouco explicar este bê-a-bá, mas quando uma deputada afirma tamanha coisa (sem que Adolfo Mesquita Nunes a contrarie) dá vontade de lhe perguntar o que faria se o seu Partido recebesse do povo uma maioria absoluta. Ou talvez não".

Leia Também: "Rio admite falar com a extrema-direita. Mas em público. Alívio, não é?"

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