O vice-presidente do Chega e novo deputado pelo círculo de Santarém, Pedro Frazão, viu a sua conta no Twitter ser suspensa pela plataforma no domingo.
A suspensão da conta surge depois de Pedro Frazão ter sido condenado a retratar publicamente informação falsa que disse na mesma rede sobre Francisco Louçã, antigo dirigente do Bloco de Esquerda.
A juíza do tribunal de Cascais condenou Frazão no dia 11 de fevereiro e disse que este tinha cinco dias para "eliminar a publicação do dia 14 de novembro de 2021, às 20h43, da sua conta na rede social Twitter”. Além disso, o deputado (que ainda não tomou posse) tem de publicar uma nova declaração no Twitter a desmentir a primeira publicação.
Com esta suspensão da conta, Frazão vê-se impossibilitado de cumprir a sentença no prazo estipulado. Não são conhecidas as razões para a rede social ter bloqueado o perfil do político.
À CNN Portugal, Pedro Frazão contou que a conta foi suspensa permanentemente e que está a ponderar avançar para tribunal contra a rede social.
Na publicação que motivou a condenação, o dirigente do Chega acusou falsamente Francisco Louçã de receber "uma Avença do Banco Espírito Santo" e disse que o BES financiava campanhas do BE, sem apresentar quaisquer provas.
Pedro Frazão foi eleito como deputado do Chega pelo círculo eleitoral do Chega, tornando-se um dos onze novos deputados do partido que irão acompanhar André Ventura.
Antes deste incidente, Frazão também foi alvo de críticas e de uma queixa por parte da ex-deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira, por publicar uma mensagem e foto no Twitter junto ao gabinete de Katar Moreira. A porta tinha escrita a frase "descolonizar este lugar", que Frazão tapou com dois dedos para escrever "desco**nizar a Assembleia da República".
[Notícia atualizada às 14h36]
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