Anulação dos votos. "É apenas mais um desrespeito para com os emigrantes"

Adolfo Mesquita Nunes e Mariana Mortágua concordam que a anulação dos votos dos emigrantes portugueses para as legislativas de 30 de janeiro foi "uma falta de respeito".

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Beatriz Maio
15/02/2022 08:45 ‧ 15/02/2022 por Beatriz Maio

Política

Eleições Antecipadas

Adolfo Mesquita Nunes e Mariana Mortágua marcaram presença na edição da noite da SIC Notícias, no programa Linhas Vermelhas, na passada segunda-feira, onde comentaram os 157 votos dos emigrantes que foram anulados nas eleições legislativas de 30 de janeiro. 

Para Adolfo Mesquita Nunes “a lei permite este entendimento”, sendo que “a culpa, desde logo, é de quem mantém a lei como está e de quem organiza o processo eleitoral e não faz para que todos os eleitores saibam como é que o seu voto não pode ser invalidado”.

O antigo vice-presidente do CDS frisou que “é apenas mais um desrespeito com o voto dos emigrantes”, recordando que o Presidente da República ouviu os partidos “para saber o que achava do resultado das eleições antes do voto dos emigrantes estar contado”.

Não só salientou que “as dificuldades que os emigrantes têm para votar são conhecidas há muito tempo”, como relembrou que "não é só a questão do voto dos emigrantes, é também o voto das pessoas do interior". Mesquita Nunes explicou que "são círculos eleitorais cada vez com menos representatividade” e que, nas suas palavras, o interior “está a ficar sem voz”.

Quanto a este tópico, Mariana Mortágua pensa que “isto é uma grande trapalhada com responsabilidades partilhadas”. Contudo, esclareceu que, recentemente, “quando se alargou a possibilidade de voto a mais pessoas, os problemas que existiam agravaram-se” e que o envio da cópia do cartão de cidadão poderá deixar os eleitores inseguros.

“É óbvio que é um problema na lei que tem que ser corrigido”, mencionou, acrescentando que “há um sistema que não funciona e que foi agravado por haver falta de informação, que tem a ver quer com o Ministério da Administração Interna quer com o Ministério dos Negócios Estrangeiros”.

A deputada do Bloco de Esquerda afirmou que "o problema não é da lei, é de quem a executa", sendo que, na sua ótica, "quem a pôs em prática não o fez de uma forma eficaz". Tal como para Mesquita Nunes, também para Mariana Mortágua, a anulação dos votos “é uma falta de respeito e de consideração para com os emigrantes que não viram o seu voto contado”.

Leia Também: CCP faz propostas para melhorar participação de emigrantes nas eleições

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