"A invasão da Ucrânia pela Rússia é, à luz do direito internacional, ilegítima, ilegal e agrava brutalmente a crise que a Europa vive. A Ucrânia tem as suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e a Rússia, enquanto signatária da Carta da ONU, estava comprometida a não lançar ações agressivas, sem provocação, e a cumprir com as condições mínimas exigíveis para evitar o conflito", veiculou o Livre, em comunicado.
O partido de Rui Tavares, eleito deputado nas eleições legislativas de 30 de janeiro, defende que "a União Europeia e Portugal tudo devem fazer perante o desastre humanitário que se adivinha".
"É urgente preparar a ajuda a refugiados de guerra e Portugal deve estar nesta primeira linha de defesa dos Direitos Humanos, disponibilizando-se de imediato para acolher vítimas e deslocados de guerra. Mais, Portugal deve, através do Conselho da União Europeia, obter a garantia de todos os Estados Membros para que façam o mesmo", sustenta.
"Portugal deve agir no quadro da União Europeia e em coordenação com os parceiros internacionais, pois só a unidade na política externa por parte da Europa permitirá continuar a defender a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e o cumprimento do Direito Internacional", argumenta.
Para o Livre, "esta guerra deixa também claro que é finalmente a hora de investigar o dinheiro sujo dos oligarcas, confiscar propriedade; retirar licenças a bancos russos e retirar a Rússia do sistema SWIFT de pagamentos internacionais, caso não haja cessar das hostilidades e regresso das tropas às anteriores posições".
"Este não pode ser o tempo da força das armas, do gás e do petróleo. A União Europeia deve agora, perante esta crise, deixar de ter dúvidas sobre a importância, também geoestratégica, da Europa e aumentar massivamente o investimento em renováveis e alternativas energéticas".
O Livre está "solidário com o povo ucraniano e com os milhares de ucranianos e luso ucranianos que, estando em Portugal, sofrem à distância os horrores da guerra" e "compromete-se a lutar para que Portugal seja um porto de abrigo das vítimas da guerra".
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar no leste Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.
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