O Parlamento Europeu votou, na terça-feira, uma resolução de condenação da Rússia pela invasão à Ucrânia. A propósito deste tema, Marisa Matias recorreu à rede social Twitter para condenar as "notícias falsas" que têm sido divulgadas sobre a "suposta abstenção do Bloco [de Esquerda] na resolução que condena a invasão".
Numa série de publicações partilhadas na referida rede social, a antiga candidata bloquista à Presidência da República esclarece que o partido não se absteve nessa votação, mas que votou, sim, "a favor" da resolução.
Argumentando que esse se trata de um facto que é "facilmente verificável por quem quiser consultar as fontes oficiais", Marisa Matias refere que quem tem difundido essas informações tem tentado confundir, "intencionalmente", a "votação do Bloco com um programa de assistência financeira que vem desde 2014, cujos votos foram todos anteriores à invasão". Uma resolução que, nesse caso, se propunha a impor "ao povo ucraniano medidas draconianas e de austeridade", na perspetiva da deputada europeia.
"Esta confusão é uma jogada da direita, confortável com este tipo de programas de assistência e com programas tipo troika", diz ainda Marisa Matias. "Uma confusão gerada por quem não hesita em ir buscar votos anteriores à invasão para confundir e fazer crer que nos recusamos a prestar auxílio", acrescenta ainda.
Farta de mentiras!
— Marisa Matias (@mmatias_) March 2, 2022
A propósito da invasão da #Ucrânia e das medidas adoptadas pelo PE, circulam nas redes sociais notícias falsas propagadas sem qualquer análise, sobre a suposta abstenção do Bloco na resolução que condena a invasão. Não, não nos abstivemos. Votámos a favor pic.twitter.com/PGjPv8jCiA
Nas palavras da deputada europeia, o Bloco de Esquerda opõe-se "à guerra" e apoiou "as sanções à Rússia". "Apresentámos propostas, aprovadas, sobre o caminho para a paz e, não, o nosso voto anterior não procurou inviabilizar o auxílio financeiro", defende ainda Marisa Matias.
No seguimento de todo este raciocínio, a deputada bloquista refere ainda que aqueles que trouxeram esta "confusão" à discussão não o fizeram por "desconhecimento". Na sua ótica, terem "trazido o voto passado de assistência financeira do FMI e da UE no mesmo dia em que se votou contra a agressão da Ucrânia" foi um "ato intencional" para "cumprir uma agenda política".
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