"O PCP está sem equívocos ao lado dos povos que desejam paz e condena todo um processo de ingerência e confrontação que ali [na Ucrânia] se instalou, o golpe de Estado de 2014, promovido pelos Estados Unidos da América (EUA) naquele território, a recente intervenção militar da Rússia e a intensificação da escalada belicista dos EUA, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e da União Europeia", declarou Jerónimo de Sousa.
No seu discurso no início de um almoço com mulheres comunistas, em Lisboa, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, o secretário-geral do PCP disse que o conflito entre Moscovo e Kiev é "uma guerra a que urge pôr termo".
Se tal não acontecer, completou, o agravamento do conflito levará "à perda de mais vidas humanas, a maior sofrimento".
Por isso, o dirigente comunista urgiu para a necessidade de criar iniciativas "que contribuam para a 'desescalada' do conflito na Ucrânia, para o cessar-fogo e para um processo de diálogo".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, de acordo com as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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