O social-democrata Duarte Marques comentou, este sábado, a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que autorizou Mário Machado a ir combater para a Ucrânia e a interromper as medidas de coação que lhe foram aplicadas no âmbito de um processo sobre posse de arma ilegal e incitamento ao ódio racial.
Tal como foi noticiado, Mário Machado vai deixar de estar obrigado a cumprir a medida de coação de apresentações quinzenais às autoridades enquanto estiver na guerra. No entanto, apesar das alegadas razões humanitárias invocadas, Machado já tinha confirmado que lidera um grupo de nacionalistas que vão partir para a Ucrânia para lutar ao lado de uma milícia de extrema direita no país.
Através do Twitter, o deputado do PSD, que se prepara para deixar o Parlamento, considerou que o argumento utilizado por Mário Machado é um “grande produto de marketing” e deixa no ar a hipótese de este não chegar a entrar na Ucrânia.
“O Machado não vai liderar nenhum batalhão nem sequer vai integrar nenhum pelotão. Provavelmente nem chega a entrar na Ucrânia. É um grande produto de marketing. Se tiverem dúvidas tentem saber como se escondeu no célebre caso de confronto de motards no Prior Velho”, escreveu naquela rede social, referindo-se ao caso Hells Angels.
Outra coisa, o Machado não vai liderar nenhum batalhão nem sequer vai integrar nenhum pelotão. Provavelmente nem chega a entrar na Ucrânia. É um grande produto de marketing. Se tiverem dúvidas tentem saber como se escondeu no célebre caso de confronto de motards no Prior Velho.
— Duarte Marques (@DuarteMarques) March 19, 2022
Recorde-se que a decisão do TCIC, conhecida na sexta-feira, tem gerado críticas. Este sábado, o PCP disse olhar para a deliberação com “perplexidade” e, ontem, Joana Mortágua, do BE, condenou a decisão. “Às vezes é muito difícil entender este país”, criticou a bloquista.
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