Edite Estrela, do PS (com 159 votos a favor, 59 brancos e seis nulos), e Adão Silva, do PSD (com 190 a favor, 28 brancos e seis nulos), foram, esta quinta-feira, eleitos vice-presidentes da Assembleia da República (AR) à primeira tentativa. Os nomes de João Cotrim de Figueiredo, do Iniciativa Liberal, e de Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, foram, por outro lado, chumbados pelos pares.
Pacheco de Amorim conseguiu 35 votos favoráveis e Cotrim Figueiredo 108, aquém dos 116 votos necessários para obterem a maioria absoluta e serem eleitos. O candidato do Chega teve 183 votos brancos e seis nulos, enquanto Cotrim Figueiredo teve 110 brancos e seis nulos.
Em seguida, o Chega propôs o nome de Gabriel Mithá Ribeiro - eleito pelo distrito de Leiria - a uma nova votação, enquanto o IL não candidatou outro deputado ao lugar de 'vice', ficando, assim, fora da mesa do Parlamento.
A eleição do vice-presidente indicado pelo Chega vai ser repetida de imediato, mas apenas uma vez. Caso depois dessa repetição continuem a não existir votos suficientes para a eleição do 'vice' indicado pelo Chega, a Conferência de Líderes decidiu que o assunto será tratado "em momento futuro" e a Mesa iniciará funções.
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, suspendeu os trabalhos para a segunda votação - que decorrerá até às 17h45 - com o Parlamento a voltar a reunir-se às 18h15.
Recorde-se que já houve no passado nomes propostos para membros da Mesa que falharam a eleição, incluindo para o lugar de presidente da Assembleia da República.
Na XV legislatura, o Chega é a terceira força política, com 12 deputados, depois do PS (120) e do PSD (77). Seguem-se IL (oito deputados), PCP (seis) e BE (cinco). O PAN e o Livre têm um deputado cada.
[Notícia atualizada às 17h17]
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