Portas agradado por ver que há quem não queira que CDS desapareça

Paulo Portas marca presença este domingo no congresso do partido, do qual saiu eleito o novo líder Nuno Melo

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Notícias ao Minuto com Lusa
03/04/2022 11:17 ‧ 03/04/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

CDS

Paulo Portas afirmou esta manhã, em Guimarães, onde decorre o congresso do CDS, que ficou agradado por ver, este fim de semana, que há quem esteja empenhado em manter o partido vivo enquanto instituição.

Portas, que presidiu ao CDS-PP durante 16 anos, veio hoje a Guimarães votar nos órgãos nacionais, como tinha anunciado no sábado, o que nunca tinha feito desde que tinha saído da liderança, regressando imediatamente a seguir a Lisboa por "compromissos profissionais".

"Decidi vir aqui hoje de manhã usar o direito de voto por inerência por ter tido esse cargo, nunca o tinha feito antes por imparcialidade, mas achei que eram circunstâncias absolutamente excecionais", afirmou, aludindo ao facto de o CDS ter perdido, pela primeira vez na história, representação parlamentar.

O antigo líder do CDS falava à saída do evento. Em declarações aos jornalistas, Paulo Portas considerou que, sendo eurodeputado desde 2009, Nuno Melo era o único candidato com "uma circunstância excepcional" e alguém a quem demonstra respeito por se ter candidato numa situação tão "hostil e adversa".

Paulo Portas, líder do CDS-PP entre 1998 e 2005 e depois entre 2007 e 2016, fez ainda uma breve análise aos discursos protagonizados no congresso, este sábado, e salientou que "o mais importante deste congresso [foi] que o CDS deitou contas à vida e não fez ajustes de contas e isso é um primeiro passo bom".

Paulo Portas foi questionado diversas vezes sobre o facto de também Manuel Monteiro ter marcado presença no congresso e se se poderia avistar uma reconciliação entre Portas e Manuel Monteiro. Recorde-se que a rutura, política e pessoal, entre os dois centristas aconteceu no congresso de 1998, do qual Paulo Portas saiu presidente do partido. 

O jurista defendeu que "é muito importante que Nuno Melo tenha um discurso de respeito por todos os passados do CDS" e atirou por fim: " estamos no século XXI, em 2022, não estamos no século XX, na década de 90".

O 29.º Congresso do CDS-PP arrancou ontem em Guimarães, no distrito de Braga, e termina hoje, com a eleição dos novos órgãos nacionais, encerrando com o discurso de consagração do novo líder eleito.

A moção 'Tempo de Construir', de Nuno Melo. foi a mais votada, com 73% dos votos, entre as quatro que estavam a votação. A moção de estratégia global visa fixar a orientação geral do partido no próximo mandato.

[Notícia atualizada às 11h54]

Leia Também: CDS: Portas declara apoio a Melo e marca presença no domingo

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