"Não vejo qualquer diferença entre os crimes nazis e dos russos", diz Rio

O líder do PSD afirmou "não ter palavras para classificar [tal] barbárie", referindo-se ao 'massacre' de civis em Bucha.

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Daniela Filipe
03/04/2022 23:51 ‧ 03/04/2022 por Daniela Filipe

Política

Ucrânia/Rússia

À semelhança de vários líderes mundiais, o presidente do PSD, Rui Rio, recorreu ao Twitter para condenar o 'massacre' de civis em Bucha, cidade nos arredores da capital ucraniana, para o qual diz "não ter palavras".

"Não tenho palavras para classificar esta barbárie. Não vejo qualquer diferença entre os crimes nazis e estes dos russos", acusou, na publicação que poderá ler em baixo.

Tendo como base uma reportagem realizada pela CNN Portugal quanto às dezenas de corpos encontrados nas ruas de Bucha, assim como uma vala comum com cerca de 300 civis, Rio considerou que, caso o conflito na Ucrânia "durasse os mesmos seis anos da Segunda Guerra Mundial", o balanço final do número de vítimas provocadas pelos "assassínios do regime de [Vladimir] Putin não andaria longe dos de [Adolf] Hitler", atirou.

Apesar da indignação internacional, a Rússia negou este domingo que as suas tropas tenham matado civis em Bucha, assegurando que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma "provocação".

Nesse sentido, Moscovo apelou à realização de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), já esta segunda-feira, devido à "provocação flagrante dos radicais ucranianos em Bucha", conforme disse Dmitry Polansky, vice-representante do país na ONU, no Telegram.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: António Costa condena "atrocidades contra civis" em Bucha

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