Assédio sexual? Isabel Moreira revela o que ouviu quando pediu ajuda
Após notícia de casos de assédio na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, a parlamentar considerou que "todas as universidades deviam tomar medidas".
© Global Imagens
Política Isabel Moreira
Isabel Moreira, deputada pelo PS, contou, através do Twitter, que foi vítima de assédio sexual quando "ainda não sabia usar a expressão". Pediu ajuda e contou qual a resposta que recebeu.
"Quando ainda não sabia usar a expressão 'assédio sexual' e fui vítima do mesmo, pedi ajuda como pude e ouvi isto: 'Também tens de ver que ele anda a precisar de companhia'", frisou.
A publicação vem no seguimento da notícia esta segunda-feira revelada pelo Diário de Notícias, que deu conta de que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa abriu um canal para receber denúncias de assédio e discriminação e, em 11 dias, recebeu 50 queixas, relativas a 10% dos professores.
Quando ainda não sabia usar a expressão “assédio sexual” e fui vítima do mesmo, pedi ajuda como pude e ouvi isto: “também tens de ver que ele anda a precisar de companhia”.
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) April 5, 2022
Sobre este assunto, a parlamentar tinha já referido, na mesma rede social, que "é evidente que isto é transversal", considerando que "todas as universidades deviam tomar medidas".
É evidente que isto é transversal. Todas as universidades deviam tomar medidas . https://t.co/eqyHe3NqtI
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) April 5, 2022
Recorde-se que ontem o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que, quando exerceu funções diretivas na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, conheceu "casos de indisciplina ou de problemas entre docentes e discentes, poucos, pontuais".
"Daquilo que eu me recordo da minha experiência diretiva", afirmou o chefe de Estado, "houve casos, não propriamente caracterizados como hoje o são, mas casos de indisciplina ou de problemas entre docentes e discentes, poucos, pontuais, muito poucos".
Após o caso da FDUL, os estudantes universitários já afirmaram que vão hoje sair à rua. A concentração, "contra o machismo e o assédio sexual nas instituições de ensino", está marcada para as 18 horas em frente à Reitoria da Universidade de Lisboa.
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