Luís Montenegro apresentou, na manhã desta quarta-feira, a sua candidatura à liderança do PSD, na sede nacional, em Lisboa, onde declarou que "Portugal precisa da força e da ação" do partido e "reclama uma oposição determinada e uma alternativa corajosa".
"Um PSD que devolva ambição e esperança, que seja humanista e reformista. Um PSD focado na vida quotidiana dos portugueses, das pessoas, das famílias que vivem e trabalham em Portugal", afirmou como objetivos o ex-líder parlamentar dos sociais-democratas, acrescentando que é necessário que o partido "aposte na renovação e invista no talento".
De acordo com as palavras do candidato, "o PSD é a única alternativa ao Governo e ao modelo socialista em Portugal", assinalando que, "nos últimos 27 anos, o PS governou 20 anos e o PSD apenas sete". "Desde 1995, os portugueses só têm confiado no PSD em alturas de aperto e de crise económica. Não aceito que tenha de ser assim", apontou, frisando que o partido "é muito mais do que isso".
"O país vive há demasiado tempo amarrado ao socialismo", defendeu, considerando ainda que o "socialismo em Portugal esteve sempre amarrado ao amiguismo, ao facilitismo, ao imobilismo, à burocracia, à subsidiodependência". "Com o socialismo, estamos a caminho da cauda da Europa".
Vincando que "o socialismo trouxe pobreza e impostos", Luís Montenegro afirmou que, "mais do que nunca", Portugal "precisa de uma oposição atenta, responsável, mas também implacável com os desvios do Governo", e "pronta a governar a qualquer momento".
"Como muito bem lembrou o Presidente da República, um cenário de eleições antecipadas será inevitável caso o primeiro-ministro ceda à sua ambição pessoal e europeísta", alertou.
"Sou candidato a presidente do PSD para ser primeiro-ministro de Portugal", avançou, assumindo a "missão com sentido de responsabilidade e humildade democrática". "Sou capaz de unir o PSD e de o abrir à sociedade. Infelizmente, nos últimos anos, o partido tem estado demasiado fechado em si próprio".
O slogan da campanha à liderança 'laranja' é "Acreditar", com a letra T substituído pela tradicional seta laranja do PSD. Marcaram presença na apresentação personalidades como a militante 'número dois' do partido, Conceição Monteiro, e a antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves.
O diretor da campanha será o ex-eurodeputado Carlos Coelho e que Joaquim Miranda Sarmento, atual dirigente de Rui Rio, irá coordenar a sua moção de estratégia global.
Esta será a segunda vez que Luís Montenegro se candidata à liderança do PSD, depois de ter disputado a presidência do partido em janeiro de 2020, perdendo para o atual presidente, Rui Rio. Nessa ocasião, obrigou Rio a uma inédita segunda volta no PSD (Miguel Pinto Luz foi o terceiro candidato que se ficou pela primeira volta, com cerca de 9,5% dos votos) e conseguiu 47% dos votos.
[Notícia atualizada às 11h39]
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