Conferência de Líderes. Aprovado convite a Zelensky para discursar na AR
Requerimento foi apresentado pelo PAN e a decisão foi tomada esta quinta-feira. Presidente da Ucrânia vai tornar-se no primeiro chefe de Estado de um país a discursar por videoconferência no nosso Parlamento.
© Reuters
Política Assembleia da República
A Conferência de Líderes aprovou por unanimidade, esta quarta-feira, o convite a Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, para discursar na Assembleia da República, avança a RTP3. Agora, será Marcelo Rebelo de Sousa a tramitar o processo.
Em comunicado, o PAN, que tinha apresentado o requerimento, afirmou que o partido viu "hoje ser aprovado por unanimidade, em conferência de líderes, o seu requerimento dirigido ao presidente da Assembleia da República [Augusto Santos Silva] com vista à organização de uma sessão solene de boas-vindas ao Presidente da Ucrânia, com a participação à distância" de Volodymyr Zelensky "em reunião plenária".
De recordar que, 16 de março, no final da anterior legislatura, o PAN propôs ao então presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, através de ofício, a organização de "uma sessão solene de boas-vindas", na Comissão Permanente do parlamento ao Presidente da Ucrânia.
No documento, o PAN invocou participações do chefe de Estado ucraniano via de videoconferência, apontando como exemplos as sessões realizadas no Parlamento Europeu, nos parlamentos da Alemanha e Itália, na Câmara dos Comuns do Reino Unido, no Congresso dos Estados Unidos da América e na Câmara dos Comuns do Canadá.
Zelensky vai, então, tornar-se no primeiro chefe de Estado de um país a discursar por videoconferência no nosso Parlamento. De recordar que o chefe de Estado ucraniano tem vindo a intervir em Assembleias de diversos países, assim como nas Nações Unidas e nos prémios Grammy.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[Notícia atualizada às 12h59]
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