O socialista Tiago Barbosa Ribeiro recorreu, esta terça-feira, à rede social Twitter para comentar a saída do município do Porto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), aprovada hoje em reunião do executivo. Na sua perspetiva, trata-se apenas de um "ato de isolacionismo que não vai resolver nenhum problema".
Na série de 'tweets' hoje publicados, o deputado explica ter apelado, no contexto dessa mesma reunião, "a que o executivo da Câmara Municipal do Porto reconsiderasse a saída da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), dando um prazo razoável para que a nova direção da ANMP e o novo Governo pudessem trabalhar soluções em conjunto".
Uma "sugestão" que foi, no entanto, "recusada" - o que causa um grande descontentamento no socialista. Isto porque, na sua perspetiva, a "saída do Porto (a ser ainda ratificada em Assembleia Municipal) da associação representativa de todos os municípios é um ato de isolacionismo que não vai resolver nenhum problema, que não serve o avanço da descentralização, que não serve os municípios portugueses e que não serve, sobretudo, o Porto".
2/ Infelizmente, a nossa sugestão foi recusada.
— Tiago Barbosa Ribeiro (@tbribeiro) April 19, 2022
A saída do Porto (a ser ainda ratificada em Assembleia Municipal) da associação representativa de todos os municípios é um acto de isolacionismo que não vai resolver nenhum problema, que não serve o avanço da descentralização, [+]
Esta terça-feira, a Câmara Municipal do Porto aprovou, em reunião do executivo, a saída da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) com os votos contra do PS, da CDU, do BE e do vereador Vladimiro Feliz. O vereador Alberto Machado absteve-se na votação.
A este propósito, durante a mesma reunião, o presidente da Câmara, Rui Moreira, esclareceu a "razão pela qual o município pretende estar fora da ANMP": "é apenas dizer que amanhã ninguém vai assinar por nós outra vez, seja na área da educação, saúde ou coesão e vai substituir os órgãos eleitos”, esclareceu.
A decisão, que vai a deliberação da Assembleia Municipal, surge depois do autarca do Porto ter demonstrado o seu descontentamento na sequência do processo de descentralização de competências.
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