O PCP vai faltar à sessão solene na Assembleia da República onde o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai fazer uma intervenção por vídeoconferência. O anúncio foi feito esta quarta-feira pela líder parlamentar, Paula Santos. O discurso está marcado para amanhã às 17h00 - sendo que inicialmente estava marcado para as 15h.
"A política de instigação do confronto só levará ao agravamento do conflito, à perda de mais vidas humanas, a maior sofrimento com dramáticas consequências para os povos da Ucrânia e da Rússia, para os povos da Europa e para a paz mundial", afirmou Paula Santos.
A líder parlamentar do PCP sublinhou que o PCP defende uma "solução negociada" para pôr fim à guerra, considerando que Zelensky "personifica um poder de cariz xenófobo e belicista". Defendeu que a Ucrânia pratica uma política de "discriminação com base na língua", referindo-se às minorias russas no Leste do país
Justificando o facto de o PCP ser o único partido com assento parlamentar a estar ausente da sessões, mencionou ainda ainda que o batalhão Azov - de orientação neonazi - está incorporado nas Forças Armadas da Ucrânia.
Nesta sessão solene discursam Volodymyr Zelensky e Augusto Santos Silva e nela estarão também presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, além de convidados em representação de outras entidades oficiais.
Segundo a porta-voz da conferência de líderes parlamentares, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha, não serão abertas as galerias ao público nesse dia, nem haverá intervenções dos vários grupos parlamentares e deputados.
A ideia de a Assembleia da República promover uma sessão parlamentar por videoconferência com o Presidente da Ucrânia partiu do PAN e foi aprovada por maioria, com a oposição do PCP - que garante agora não estar presente.
[Notícia atualizada às 17h47]
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