Estas posições foram transmitidas pelo líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, em declarações aos jornalistas, após a sessão solene na Assembleia da República com o Presidente da Ucrânia, Vplodymyr Zlensky.
Uma sessão na qual Volodymyr Zlensky discursou por videoconferência, durante cerca de 15 minutos, e em que estiveram presentes o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.
"A sessão solene que tivemos na Assembleia da República tem um particular simbolismo, o primeiro por se ouvir o Presidente da Ucrânia, um homem que lidera e defende a liberdade do seu povo. Por outro lado, o povo português, representado pelos 230 deputados, teve a oportunidade de mais uma vez de expressar o seu apoio e solidariedade", declarou o presidente da bancada socialista.
O ex-secretário de Estado referiu depois que se está hoje a quatro dias das comemorações do 48º aniversário da revolução do 25 de Abril de 1974.
"A evocação pelo Presidente Zelensky do 25 de Abril tem um especial significado, porque é a luta pela liberdade", apontou.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS insistiu que "este é o momento para se estar ao lado daqueles que sofrem, que lutam e que dão a sua vida pela liberdade e pela democracia".
"Portugal tem dado apoio à Ucrânia no seu processo de aproximação às instituições europeias", defendeu, depois de interrogado sobre a posição portuguesa relativamente a este processo.
Neste ponto, Eurico Brilhante Dias lembrou que recentemente, em Kiev, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entregou a Zelensky os critérios de Copenhaga para a adesão do seu país à União Europeia.
"Sabemos que a entrega dos critérios de admissão dos candidatos à União Europeia é uma entrega simbólica. Percebemos que a adesão da Ucrânia se fará sempre num quadro de paz e de consolidação da paz", considerou.
A seguir, o líder parlamentar do PS citou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva: "Este é o momento de lutar pela paz".
"No PS nunca confundimos o agressor com o agredido. A paz constrói-se apoiando o agredido e lutando por essa paz", acentuou.
Interrogado sobre o que Portugal pode fazer mais em auxílio da Ucrânia, para combater a invasão militar russa, Eurico Brilhante Dias defendeu que Portugal "pode continuar a dar o apoio humanitário que tem dado", quer no acolhimento de refugiados, quer no envio de bens essenciais "para permitir a resistência do povo ucraniano".
"Nesse conjunto de bens, naturalmente incluo o apoio militar. Portugal pode também no quadro da União Europeia, enquanto Estado-membro, pode continuar a aprovar sanções dirigidas fundamentalmente aos setores financeiro e energético da Federação da Rússia. Enquanto membro da NATO, Portugal pode continuar a apoiar os Estados-membros da Aliança Atlântica que têm fronteiras com a Federação da Rússia e que precisam de mais recursos de dissuasão", acrescentou.
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