"Hoje, o parlamento português recebeu o chefe de Estado de um povo que está a resistir a essa invasão e o Bloco de Esquerda aplaude a resistência do povo ucraniano e demonstra a sua solidariedade para com a Ucrânia e a sua absoluta certeza de que a Ucrânia tem de ter direito a ser respeitada na sua integridade", afirmou a líder do BE em declarações aos jornalistas após a sessão solene de boas-vindas na qual o Presidente da Ucrânia se dirigiu à Assembleia da República.
Considerando que "a invasão russa à Ucrânia é um ato de guerra ilegal que não encontra justificação nem atenuantes", Catarina Martins salientou que "é preciso apoiar a resistência ucraniana" porque "o povo ucraniano tem o direito a resistir à invasão e portanto deve ser apoiado".
E defendeu que esse apoio deve ser "feito por via das sanções ao regime de Putin para que ele não tenha dinheiro para fazer guerra à Ucrânia", mas também ao nível do "acolhimento a todos aqueles e aquelas que saem da Ucrânia e precisam de refúgio".
"E é seguramente também um apoio fundamental que haja uma intervenção diplomática internacional para um caminho para a paz que tem de passar por negociações que, sob a égide da ONU, exijam a retirada imediata das tropas russa do território ucraniano, como aliás o Presidente Zelensky já propôs em tempos, mostrando também a sua abertura para um estatuto de neutralidade da Ucrânia que pudesse abrir esse caminho", afirmou a bloquista.
Catarina Martins apontou que "nenhum país deve desistir de, através da diplomacia, criar um caminho para a paz", no qual "será preciso também posições fortes contra o regime de Putin e de sanções e posições claras de afirmar o direito do povo ucraniano a resistir a uma invasão".
O Presidente da Ucrânia dirigiu-se hoje ao parlamento português por videoconferência, numa sessão solene de boas-vindas que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.
No seu discurso, Volodymyr Zelensky pediu armamento pesado e o reforço das sanções à Rússia, e deixou um apelo para que Portugal apoie o processo para a Ucrânia aderir à União Europeia e que use a sua influência nos países de língua portuguesa para estes estarem do lado dos ucranianos.
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