"O atual conflito da Ucrânia veio sublinhar a necessidade de acelerar a transição energética que Portugal já há muito tem em curso, que permite diminuir a dependência que nós temos de países que muitas vezes utilizam a energia para chantagear a democracia e a liberdade", declarou o ministro.
Duarte Cordeiro falava na inauguração de um parque fotovoltaico da fábrica da Grohe, na zona industrial de Albergaria-a-Velha, composto por 2.270 módulos fotovoltaicos, com uma potência total instalada de mil quilowatt-pico (Kwp) e que deverá cobrir cerca de 8% das necessidades de energia da unidade fabril.
O membro do Governo aproveitou a ocasião para referir a importância do acordo político obtido na terça-feira entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia, para permitir que, durante 12 meses, o preço da eletricidade seja fixado no mercado ibérico como exceção à formação do preço europeu da eletricidade em função do preço do gás natural.
"O objetivo que é tornar-nos menos dependentes dos combustíveis fósseis e naturalmente menos dependentes de países fornecedores de combustíveis fósseis, como em particular a Rússia, o que nos permitirá ter mais autonomia e mais independência energética", disse, esclarecendo que Portugal pouco depende de fornecimentos da Rússia, em matéria de energia.
De acordo com a informação divulgada pela empresa, o parque fotovoltaico hoje inaugurado pelo ministro irá gerar um rendimento médio anual de cerca de 1,5 megawatts-hora e reduzir as emissões de CO2 em mais de 740 toneladas por ano.
O grupo Lixil, que detém a marca Grohe, estima que a produção de energia solar para autoconsumo produza cerca de 8% das necessidades energéticas da unidade industrial de Albergaria-a-Velha.
A Grohe, que fabrica torneiras e acessórios para cozinha e casa de banho, emprega 900 colaboradores e produz anualmente dois milhões de produtos de cozinha, 1,6 milhão de cartuchos para termostáticas e 1,4 milhão de termostáticas.
Leia Também: Portugal e Índia querem reforçar relações económicas e científicas