Num curto vídeo divulgado nas suas redes sociais a poucas horas da discussão do documento na generalidade, Luís Montenegro defendeu que a proposta orçamental do Governo "não traz esperança no horizonte, pelo contrário".
"Este é um orçamento de empobrecimento, o Estado vai cobrar mais impostos, vai retirar mais recursos às pessoas, às famílias, às instituições e às empresas", criticou.
O candidato à liderança do PSD apontou que, "ao mesmo tempo, os salários pouco ou nada mudam", acusando o PS de, passados seis anos de governação, "pensar que os problemas se resolvem apenas com o passar do tempo".
"Hoje temos uma sensação estranha: estamos no início de uma legislatura e parece que já estamos em fim de ciclo, temos um Governo de braços caídos a contemplar a crise e é com um Orçamento de austeridade, de empobrecimento, e com um governo imobilista que nós estamos a ir cada vez mais para a cauda da Europa. O Governo está a conduzir Portugal para a cauda da Europa", acusou.
Pelas 15:00, o primeiro-ministro abre o debate parlamentar da proposta de Orçamento para 2022, em que a principal questão política relaciona-se com a amplitude das mudanças que a maioria absoluta socialista está disponível para introduzir na especialidade.
Ao contrário do que aconteceu nos anteriores sete orçamentos que António Costa apresentou na generalidade perante a Assembleia da República -- o último, em outubro passado, foi rejeitado e abriu uma crise política -, desta vez, em consequência da vitória do PS com maioria absoluta nas eleições de 30 de janeiro, está praticamente assegurada a aprovação da proposta do Governo em votação final global no dia 27 de maio.
A equipa das Finanças, liderada por Fernando Medina, prevê uma redução da dívida pública para 120,7% do Produto Interno Bruto (PIB) face aos 127,4% registados em 2021 e uma descida do défice orçamental para 1,9% do PIB, uma revisão em baixa face aos 3,2% previstos em outubro.
A proposta orçamental mantém a estimativa de taxa de desemprego de 6% para este ano e que significou uma revisão em baixa face aos 6,5% previstos em outubro.
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