O antigo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta sexta-feira que está "totalmente concentrado na eleição para presidente da Câmara Municipal do Porto" e recusou a hipótese de ser candidato do Partido Socialista (PS) às próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio.
"Com as eleições legislativas antecipadas no horizonte, é o momento para reafirmar que estou totalmente concentrado na eleição para presidente da Câmara Municipal do Porto. Não vou, por isso, ser candidato a deputado", afirmou num vídeo divulgado na sua página na rede social Facebook e que pode ver na galeria acima.
Para o ex-ministro, "os políticos devem ter a coragem e a lucidez de dizerem ao que vêm". "Eu venho pelo Porto. Sei que sou capaz de fazer mais pelo Porto e pelos portuenses enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto. É ao Governo do Porto, que sou candidato", frisou.
Manuel Pizarro, que foi ministro da Saúde entre 2022 e 2024, sublinhou que "se os políticos querem que as pessoas continuem a acreditar neles, devem comportar-se com coerência e com transparência".
"Haverá um momento para escolhermos deputados que nos representem bem em Lisboa, mas o Porto é a minha prioridade", reiterou.
"Devemos valorizar a escolha de bons representantes no poder central, mas devemos dar mais valor ainda à escolha dos representantes no poder local, mais próximo, mais capaz de influenciar o nosso presente e o nosso futuro", acrescentou.
E garantiu: "Comigo sabem com o que contam. Tenho os dois pés no Porto".
No final de dezembro, a Federação Distrital do Porto do PS ratificou o nome de Manuel Pizarro como candidato à Câmara Municipal do Porto para as eleições autárquicas de 2025, que deverão decorrer entre setembro e outubro de 2025.
Esta é a terceira vez que Pizarro se candidata à Câmara do Porto, tendo a primeira sido em 2013, ano em que o atual presidente Rui Moreira conquistou a autarquia e atribuiu os pelouros da Habitação e Ação Social a Pizarro, no âmbito de um acordo de governação.
Nas autárquicas de 2017, o movimento de Rui Moreira recusou o apoio do PS à sua recandidatura devido a uma alegada tentativa de interferência nos lugares que os socialistas ocupariam na lista, o que levou o PS a apresentar Pizarro como candidato.
Desde 2001, ano em que Nuno Cardoso perdeu as eleições para o social-democrata Rui Rio, que o PS não está à frente dos destinos do município.
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