O social-democrata Luís Marques Mendes lamentou, esta quinta-feira, a morte do antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo, descrevendo-o como "um homem bom" e um dos seus "maiores amigos"
"Acho que estou como toda a gente: em estado de choque. Tinha falado com o doutor Miguel Macedo ainda há dois dias e achei-o lindamente", disse aos jornalistas, visivelmente emocionado, à entrada do Conselho de Estado, no Palácio de Belém.
"É um momento muito difícil, muito amargo. Miguel Macedo não foi apenas um político competente, [foi] uma pessoa que deu tudo ao país, tudo o que tinha e tudo o que sabia. Além disso, era uma pessoa fantástica no plano pessoal. Um homem bom, uma pessoa boa, bem formada e de caráter", destacou.
O candidato presidencial afirmou que Miguel Macedo era um dos seus "maiores amigos". "Éramos amigos desde os 20 anos, fizemos uma vida pessoal e política muito juntos. É um dos meus maiores amigos. Neste momento, além de estar em estado de choque, tenho de reconhecer que é uma perda irreparável", afirmou.
"Só posso prestar a minha homenagem a um homem bom e a minha solidariedade a uma família fantástica", acrescentou.
Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna, morreu, na manhã desta quinta-feira, em Braga, aos 65 anos, vítima de um ataque cardíaco, segundo a SIC Notícias.
Desempenhou vários cargos políticos, entre os quais de deputado, líder parlamentar e ministro da Administração Interna, entre 2011 e 2014, sendo atualmente comentador na CNN/Portugal e da TSF no programa ‘O Princípio da Incerteza’.
Nascido em Braga a 6 de maio de 1959, Miguel Macedo era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e exercia atualmente a advocacia.
Foi secretário-geral do PSD entre 2005 e 2007, quando o partido era liderado por Luís Marques Mendes.
Miguel Macedo foi secretário de Estado da Juventude do primeiro governo de maioria absoluta de Aníbal Cavaco Silva, entre 1990 e 1991, integrando depois o mesmo ministério, tutelado por Couto dos Santos.
Entre 2002 e 2005, integrou os governos de coligação PSD/CDS-PP de Durão Barroso (XV) e de Pedro Santana Lopes (XVI), como secretário de Estado da Justiça.
O último cargo político ocupado por Miguel Macedo foi o de ministro da Administração Interna do governo liderado por Pedro Passos Coelho, do qual se demitiu em novembro de 2014 na sequência de uma investigação à atribuição de vistos Gold, processo do qual seria absolvido.
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