Montenegro diz que PS não tem coragem de reformar sistemas públicos

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro considerou, esta sexta-feira, que o Partido Socialista (PS) não tem coragem para "reformar os sistemas públicos" do país, faltando capacidade para gerir melhor os recursos do Estado.

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© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens 

Lusa
29/04/2022 23:11 ‧ 29/04/2022 por Lusa

Política

PSD

"As políticas socialistas normalmente, no início, provocam sempre uma sensação de que as coisas estão bem. Mas o Partido Socialista nunca tem coragem de reformar os sistemas públicos, de os tornar mais eficientes e de conseguir gerir melhor os recursos do Estado", sustentou.

O ex-líder parlamentar da bancada social-democrata marcou presença, esta noite, num encontro com militantes que decorreu na cidade de Coimbra.

À entrada, Luís Montenegro sublinhou aos jornalistas que o PS não consegue acabar com a tentação de "meter a mão em tudo" e de "estar presente em todo o lado", algo que acredita que ainda vai piorar, agora que tem "poder absoluto".

"A administração pública está inundada de socialistas por todo o lado. Os ministros saem, um para o Banco de Portugal, outro para uma instituição universitária que foi financiada por ele próprio", referiu.

No seu entender, este é "o poder do Partido Socialista", que não traz esperança e não proporciona bem-estar às pessoas.

por isso, Luís Montenegro evidenciou a necessidade de o PSD se afirmar enquanto oposição firme e exigente, capaz de vencer as próximas eleições legislativas.

"É o que eu desejo, construindo um projeto político para poder dar a Portugal um ciclo de crescimento maior, que possa fixar os nossos jovens, que possa dar uma oportunidade a todos de poderem construir o seu projeto de vida, de subir na vida, que é o que todos temos direito quando nascemos", apontou.

De acordo com o candidato à liderança do PSD, o seu projeto pretende transformar o Estado e dar bem-estar às pessoas.

"Queremos ter as finanças públicas equilibradas e o país a crescer economicamente, mas não é esse o fim. Esse é o meio, o instrumento, para que as pessoas possam ter condições de poderem ter uma vida condigna", concluiu.

As eleições diretas para escolher o novo presidente do PSD foram marcadas em Conselho Nacional para 28 de maio e o Congresso vai realizar-se entre 01 e 03 de julho, no Porto.

Até agora, entre os militantes do PSD, são conhecidos dois candidatos às eleições diretas marcadas: o advogado Luís Montenegro e o ex-ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.

O atual presidente do PSD, Rui Rio, que ocupa o cargo desde janeiro de 2018, já anunciou que deixará a liderança do partido na sequência da derrota nas legislativas de 30 de janeiro.

O prazo limite para a apresentação de candidaturas à liderança do PSD é o dia 16 de maio e estas têm, como habitualmente, de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes e acompanhadas de uma proposta de estratégia global e do orçamento de campanha.

Leia Também: Autarquia recusa comentar "troca de correspondência oficial" com Governo

 

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