Na semana passada, o jornal digital Eco noticiou que a COBA e espanhola INECO foram as vencedoras do concurso público internacional para a realização da avaliação ambiental estratégica da futura solução aeroportuária de Lisboa, adiantando então que a confirmação pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) estava dependente apenas do cumprimento de formalidades.
Hoje, numa pergunta a que a agência Lusa teve acesso, a IL perguntou a Pedro Nuno Santos se "considera que pode haver um conflito de interesses quando uma das empresas responsáveis pela avaliação do projeto do futuro Aeroporto de Lisboa tem interesses estratégicos no mercado aeroportuário potencialmente conflituantes com os portugueses".
De acordo com os liberais, "o principal acionista da Ineco é a ENAIRE que detém 45,85% da Ineco e que a ENAIRE é detida em 51% pelo Estado espanhol", defendendo que "o novo aeroporto de Lisboa terá um interesse estratégico nacional para o país".
O concurso público internacional para a realização da avaliação ambiental estratégica da futura solução aeroportuária de Lisboa foi lançado pelo Governo em outubro de 2021.
Nessa altura, o então secretário de Estado Adjunto das Comunicações, Hugo Santos Mendes, adiantou que avaliação ambiental estratégica das três hipóteses de localização do novo aeroporto de Lisboa deverá ser entregue em 2023.
"A avaliação ambiental estratégica deverá ser entregue em 2023. É importante que este processo decorra de forma estável e com o menor ruído à volta", afirmou então Hugo Santos Mendes no encerramento da Conferência Internacional de Controlo de Tráfego Aéreo, referindo que os trabalhos de análise terão início em 2022.
Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar), aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar) e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.
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