O Partido Comunista Português (PCP) esclareceu, esta segunda-feira, que é contra a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO por considerar que o alargamento da Aliança “não só não traz segurança, como representa um sério agravamento da tensão na Europa e no plano internacional”.
Num comunicado de imprensa, os comunistas dizem ainda “deplorar” o empenho do Governo neste processo.
“O anunciado alargamento da NATO à Finlândia e à Suécia, não só não traz segurança, como representa um sério agravamento da tensão na Europa e no plano internacional. A concretizar-se, significará um salto qualitativo no processo de alargamento da NATO que leva a presença deste bloco político-partidário junto às fronteiras da Federação Russa, um dos fatores que está na origem do agravamento da situação na Europa e da atual guerra na Ucrânia”, lê-se.
O PCP considera que o alargamento da NATO à Finlândia e Suécia “colocará em causa a tradicional neutralidade destes dois países nórdicos” e alerta para os perigos desta adesão para os outros países da Europa.
Além disso, os comunistas falam numa submissão de Portugal e da Europa aos interesses dos Estados Unidos.
“O PCP deplora o explícito empenho do Governo português neste novo alargamento da NATO e na escalada de confrontação, numa clara expressão de submissão aos interesses dos EUA”, indicam.
Sublinhe-se que o Executivo socialista tem demonstrado o seu apoio à decisão anunciada pela Finlândia e pela Suécia. Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse que Portugal conta estar “entre os mais rápidos” dos 30 países da NATO a ratificar esta adesão.
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