Montenegro. "Não foi por falta de debate que esta campanha não foi viva"

O PSD elege, este sábado, o 19.º líder partidário. Luís Montenegro concorre pela segunda vez nas diretas. Em Espinho, falou da campanha eleitoral, de um PSD liderado por si, e não rejeitou uma eventual coligação com o Chega. "Não estou preocupado com os partidos e os seus líderes", afirmou.

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Teresa Banha
28/05/2022 17:33 ‧ 28/05/2022 por Teresa Banha

Política

PSD

Luís Montenegro disse, este sábado, que "há todas as razões" para estar otimista quanto aos resultados das eleições diretas do Partido Social Democrata (PSD), nas quais concorre contra Jorge Moreira da Silva.

"Qualquer que seja o resultado, tenho uma grande confiança e certeza: o PSD vai sair coeso e mais unido destas eleições, e vai reencontrar-se com os portugueses", referiu.

O social-democrata, que concorreu em 2019 contra Rui Rio, líder cessante do partido, afirmou ainda que a "primeira expetativa é a participação dos militantes", de forma a que estes "possam agora ter a sua palavra soberana, escolher a próxima liderança e projetar trabalhos do PSD" como alternativa ao governo socialista.

Questionado sobre a falta de debate interno nos últimos tempos, Montenegro considerou que "foi uma campanha muito viva, com muitas oportunidades de debate". Recorde-se que os dois candidatos à liderança do maior partido da oposição nunca se confrontaram durante as suas campanhas. "Não foi por falta de debate que esta campanha não foi viva", argumentou.

"O nosso adversário neste momento é o Partido Socialista, que governa Portugal há seis anos e que, infelizmente, tem transportado o país para uma fase em empobrecimento", disse.

E se for eleito?

O social-democrata considerou "uma vantagem" não estar nas reuniões plenárias, caso veja a ser eleito para a liderança do PSD.

"Estarei no Parlamento muitas vezes, em vários eventos que o Parlamento propicia, independe de não estar na sala das sessões", apontou, acrescentando que não ser deputado também vai permitir "que ande muito pelo país".

"Ser um partido próximo das pessoas, instituições, autarquias, empresas", é o que lhe permitirá esta ausência. Luís Montenegro apontou também a proximidade da "realidade quotidiana" como um dos objetivos da sua eventual liderança. "É isso que vou implementar no PSD", sublinhou.

O candidato, que acompanhará a noite eleitoral num hotel em Espinho, não rejeitou a ideia de eventuais coligações com o Chega, algo que o seu opositor descartou. 

"O PSD liderado por mim vai tentar atrair pessoas que se abstiveram nas últimas eleições", projetou Montenegro, referindo-se às eleições legislativas de 2026.

O candidato explicou ainda que as pessoas que tentará alcançar se for líder do PSD em 2026 será o eleitorado que votou no Partido Socialista nestas eleições e que se terá desiludido - o que, segundo ele, já aconteceu em grande escala -, ou aqueles que "votaram em partidos à nossa direita porque não encontraram no PSD um partido forte e robusto".

"Vou lutar por todos esses. Não estou preocupado com os partidos e os seus líderes", rematou.

Leia Também: Campanha do PSD? "Apontei alto", considera Moreira da Silva

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