Futuro político de Rui Rio? "Acabou aqui", admite o próprio

"Aquilo que todos nós queremos é que o PSD não ande para trás, e ande para a frente", afirmou o atual líder do partido, à margem da eleição do seu sucessor.

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Teresa Banha
28/05/2022 18:01 ‧ 28/05/2022 por Teresa Banha

Política

PSD

O atual presidente do Partido Social Democrata disse, este sábado, que o seu futuro político "acabou aqui". "Não há nenhum", garantiu Rui Rio à margem da eleição de novo líder partidário. 

Após ter exercido o seu direito de voto, no Porto, o responsável social-democrata afirmou que, por ter tido disponibilidade para continuar na liderança do PSD, a sua saída significa que há algo que "já não precisa de carregar". 

"Daqui por um mês liberto-me completamente de uma série de responsabilidades", lembrou.

Questionado sobre o que o que queria para o futuro do partido, do qual foi líder durante quatro anos e meio, Rio respondeu que queria o mesmo que todos os militantes: "Aquilo que todos nós queremos é que o PSD não ande para trás, e ande para a frente".

O ainda líder do maior partido da oposição considerou que atualmente existe algum desgaste entre os militantes, o que poderá influenciar as votações.

"Desde setembro [que] os militantes do partido tiveram uma eleições autárquicas, umas legislativas, duas eleições diretas - que arrastam dois congressos", lembrou, defendendo que "quando se exige tanto dos militantes, não se consegue a capacidade de resposta que se conseguiria, se não fosse assim [não houvesse tantos atos eleitorais]".

Considerando que chamar as pessoas a um ato eleitoral que é interno "é sempre bastante desgastante", deixou uma sugestão no ar. "Já temos eleições diretas dois anos. É caso para perguntar se não é demais", rematou.

Rui Rio defendeu ainda que o partido "tem a possibilidade de trabalhar melhor" quando não há "atos eleitorais em massa", e que aquilo que os militantes querem é "unidade" entre esses momentos decisivos.

O 18.º líder social-democrata lembrou ainda a importância e dificuldade do cargo que está hoje a ser disputado por Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva.

"A liderança de oposição é dos cargos mais difíceis que existe na política [...] mesmo que não houvesse maioria absoluta", considerou.

Leia Também: "Quanto mais forte for a oposição, maior a exigência ao Governo"

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