Num requerimento enviado hoje ao Governo Regional, os deputados do BE no parlamento açoriano apontam um caso concreto que ocorreu recentemente na Graciosa e que foi revelado pela comunicação social, em que um utente terá esperado "dois dias" para ser transportado, apesar de apresentar "múltiplas fraturas".
Segundo o Bloco, no verão "as queixas sobre as dificuldades nas transferências de doentes de ilhas sem hospital para ilhas com hospital são recorrentes".
Num comunicado de imprensa, o BE/Açores salienta que o transporte de emergência médica e de doentes que se deslocam das ilhas sem hospital para outras com hospital, para a realização de exames e tratamentos, "é um serviço público fundamental prestado pela SATA".
Para o Bloco, aquele serviço de emergência médica "não pode, de forma alguma ser posto em causa, quaisquer que sejam as condicionantes operacionais que derivam do aumento do número de passageiros nos voos interilhas ou por qualquer outra razão".
Nos Açores, existem três hospitais, localizados nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.
No requerimento, os dois deputados do BE no parlamento dos Açores, António Lima e Alexandra Manes, consideram importante que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) "esclareça a população sobre as condições exatas" em que se processa este transporte de doentes pela SATA".
"Quantos lugares estão assegurados por voo? Até quantas horas antes do voo estes lugares estão bloqueados? Estão definidos períodos máximos de espera para transporte de doentes em função da gravidade da situação clínica", questionam os deputados.
O Bloco pretende ainda saber como será resolvida "a falta de lugares nos voos da SATA" para assegurar o transporte de doentes de ilhas sem hospital para ilhas com hospital e o regresso às suas residências.
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