BE considera que renúncia de Sérgio Figueiredo não absolve Costa e Medina
O Bloco de Esquerda considerou hoje que a renúncia de Sérgio Figueiredo a um cargo no Ministério das Finanças era um "desfecho inevitável", que não absolve Fernando Medina de um "processo reprovável" nem o Primeiro-ministro "de uma desresponsabilização inaceitável".
© Notícias ao Minuto/Anabela Dantas
Política Sérgio Figueiredo
"O desfecho inevitável. Mostra como é possível travar os caprichos da maioria absoluta com a mobilização da opinião pública", lê-se numa publicação do líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, na sua conta oficial da rede social Twitter.
Pedro Filipe Soares defende que a decisão ao antigo jornalista "não absolve [o ministro das Finanças, Fernando] Medina de um processo reprovável, nem [o primeiro-ministro, António] Costa de uma desresponsabilização inaceitável".
O desfecho inevitável. Mostra como é possível travar os caprichos da maioria absoluta com a mobilização da opinião pública.
— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) August 17, 2022
Mas não absolve Medina de um processo reprovável, nem A. Costa de uma desresponsabilização inaceitávelhttps://t.co/MN6OQr1Ldp
Sérgio Figueiredo renunciou hoje ao cargo de consultor do ministro das Finanças, comunicando a decisão através de um texto publicado no Jornal de Negócios.
"Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo, sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela minha assinatura", pode ler-se num texto assinado por Sérgio Figueiredo.
Em reação à demissão, o ministro das Finanças, Fernando Medina, lamentou "não poder contar com o valioso contributo de Sérgio Figueiredo ao serviço do interesse público".
"Lamento profundamente a decisão anunciada por Sérgio Figueiredo, mas compreendo muito bem as razões que a motivaram", afirmou Fernando Medina, em comunicado enviado às redações, sobre a decisão de Sérgio Figueiredo de não prestar os serviços de consultoria para o gabinete do ministro das Finanças.
O jornal Público noticiou em 9 de agosto que o Ministério das Finanças tinha contratado o antigo diretor de informação da TVI e ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e comentadores.
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