E à terceira (não) foi de vez. Chega falha eleição de vice do Parlamento

Deputado Rui Paulo Sousa também não foi eleito esta quinta-feira. Antes, no início da legislatura, os nomes de Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro tinham sido 'chumbados'.

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© Facebook Rui Paulo Sousa

Notícias ao Minuto com Lusa
22/09/2022 17:55 ‧ 22/09/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Assembleia da República

O Chega levou, esta quinta-feira, a votos o deputado Rui Paulo Sousa, sendo a terceira vez que este partido apresentou um candidato para a vice-presidência da mesa da Assembleia da República, depois de terem sido rejeitados os deputados Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro, no início da legislatura. Nesta terceira tentativa de eleição por parte do partido de André Ventura, o nome foi também 'chumbado' pelos pares. 

De acordo com o resultado anunciado no final do plenário, Rui Paulo Sousa, deputado eleito por Lisboa e vice-presidente da bancada do Chega, obteve 64 votos favoráveis e 137 brancos, quando precisava de 116 votos a favor para ser eleito.

Votaram 213 dos 230 deputados, numa eleição feita por voto secreto em urna.

O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, já tinha anunciado que que iria hoje votar contra a eleição do deputado do Chega Rui Paulo Sousa para o cargo de vice-presidente da Assembleia da República. Em declarações aos jornalistas no final da reunião semanal da bancada socialista, Brilhante Dias disse que o seu grupo parlamentar "fez uma nota sobre o processo de votação" para um dos lugares de vice-presidência da Assembleia da República. "Discutimos politicamente esse assunto e, mais uma vez, o Grupo Parlamentar do PS, de forma maioritária, expressou o seu sentido de voto. Eu votarei contra", esclareceu. 

Por sua vez, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, apelou hoje aos deputados sociais-democratas que votassem a favor do candidato apresentado pelo Chega a vice-presidente da Assembleia da República, invocando a "prática parlamentar" que atribui esse cargo aos quatro partidos mais votados.

"Nesse sentido, a direção do grupo parlamentar apela às senhoras e senhores deputados que votem a favor da candidatura apresentada nas eleições se que realizam hoje", escreve Joaquim Miranda Sarmento, num email enviado aos deputados, noticiado por alguns órgãos de comunicação social e a que a Lusa teve acesso.

Como foi no início da legislatura? 

O Chega começou por apresentar a votos para a vice-presidência da Assembleia da República, no passado mês de março, Diogo Pacheco de Amorim, que falhou a eleição com 35 votos a favor, 183 brancos e seis nulos.

Na mesma votação, a IL candidatou o seu líder, João Cotrim Figueiredo, que obteve 108 votos favoráveis, 110 brancos e seis nulos, tendo também falhado a eleição.

Após falhar a primeira eleição, o Chega apresentou o deputado Gabriel Mithá Ribeiro para uma nova votação, mas a Iniciativa Liberal decidiu retirar-se, não apresentando qualquer nome. Na segunda votação, Gabriel Mithá Ribeiro obteve 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos, aquém dos 116 deputados necessários para conseguir a maioria absoluta e ser eleito vice-presidente.

Na altura, o deputado alegou não ter sido eleito por uma "questão racial", apesar das posições conhecidas a defender que não existe racismo em Portugal, e o presidente do Chega, André Ventura, responsabilizou uma "maioria de bloqueio", constituída por PS, PSD, PCP e BE, pela falha na eleição de um vice-presidente da Assembleia da República do seu partido.

[Notícia atualizada às 18h07]

Leia Também: Ventura confiante na eleição de 'vice' da AR e saúda PSD

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