"Recomendação de Montenegro para que PSD apoiasse Chega é inaceitável"
José Pacheco Pereira considerou que o atual líder 'laranja' devia "ter aprendido a lição" com o seu antecessor, Rui Rio, em matérias relacionadas com o Chega.
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Política Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira comentou, na CNN Portugal, o facto de o presidente do PSD, Luís Montenegro, ter recomendado aos deputados 'laranja' para que votassem a favor do candidato do Chega - Rui Paulo Sousa - para a vice-presidência da Assembleia da República, afirmando que tal é "inaceitável". "Devia ter aprendido a lição com Rui Rio", atirou ainda.
"A decisão e a recomendação do líder do PSD [Luís Montenegro] para que o grupo parlamentar apoiasse a candidatura do Chega a uma das vice-presidências da Assembleia da República é inaceitável de todo. Ele devia ter aprendido a lição com Rui Rio. Rio passou todo o tempo a penar por causa do acordo dos Açores e por algumas ambiguidades nos debates sobre o Chega", começou por afirmar.
Para o também professor, "a ambiguidade sobre o Chega numa matéria tão relevante, que não é meramente formal como ele a apresentou, mas é uma matéria substancial - uma escolha para vice-presidente da Assembleia da República de um partido como o Chega", tem um "forte conteúdo político".
E, acrescentou, "felizmente", uma "parte significativa dos deputados do PSD não aceitaram essa recomendação e como o voto é secreto... o homem não chegou lá".
Contudo, a "recomendação pública" por parte de Luís Montenegro permitiu ao Chegam na ótica de Pacheco Pereira, "dizer uma coisa básica - e aqui tem inteira razão: 'Estamos a ser normalizados'".
De lembrar que, na passada quinta-feira, o Chega levou a votos o deputado Rui Paulo Sousa, sendo a terceira vez que este partido apresentou um candidato para a vice-presidência da mesa da Assembleia da República, depois de terem sido rejeitados os deputados Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro, no início da legislatura. Nesta terceira tentativa de eleição por parte do partido de André Ventura, o nome foi também 'chumbado' pelos pares.
De acordo com o resultado anunciado no final do plenário, Rui Paulo Sousa, deputado eleito por Lisboa e vice-presidente da bancada do Chega, obteve 64 votos favoráveis e 137 brancos, quando precisava de 116 votos a favor para ser eleito.
Votaram 213 dos 230 deputados, numa eleição feita por voto secreto em urna.
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