Nuno Melo leva "conflito de interesses" de ministra ao Parlamento Europeu

Deputado europeu aponta que "marido da Ministra da Coesão concorreu a fundos europeus já depois da Ministra tutelar a entidade responsável pela gestão dos fundos".

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Notícias ao Minuto
28/09/2022 15:22 ‧ 28/09/2022 por Notícias ao Minuto

Política

CDS

Nuno Melo, presidente do CDS-PP, vai levar o "conflito de interesses" da ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, ao Parlamento Europeu. Como tal, o deputado enviou duas questões com "pedido de resposta escrita à Comissão Europeia". 

Nesta interpelação, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Nuno Melo começa por indicar que "o marido da Ministra da Coesão concorreu a fundos europeus já depois da Ministra tutelar a entidade responsável pela gestão dos fundos (CCDR)", sendo que, "num dos referidos projetos, o apoio da UE é de 303.275 euros, dos quais 133 mil são atribuídos para a empresa Thermavelt, empresa detida em 40% pelo marido da ministra, António Trigueiros de Aragão".

Apontando a "luta antifraude" como "uma das bandeiras da Comissão Europeia", o líder do CDS recorda que "a Comissão anunciou mesmo 'tolerância zero' em relação à fraude e às 'desconformidades' na utilização dos fundos europeus por parte dos 27 Estados-membros da União Europeia". 

E questiona: 

  • "Pergunto à Comissão Europeia: Tem conhecimento da situação?
  • Não considera que a situação descrita configura um conflito de interesses e, por isso mesmo, a existência de uma ilegalidade e incompatibilidade?"

Em causa, recorde-se, está a notícia avançada pelo Observador que dá conta de que duas empresas do marido de Ana Abrunhosa receberam fundos comunitários da área por si tutelada.

Segundo o Expresso, o deputado liberal questionou esta manhã a governante sobre a "questão ética" subjacente ao facto de só uma das empresas detidas pelo cônjuge, a Thermalvet, ter recebido 133 mil euros da União Europeia (UE) e pediu que devolvesse o dinheiro ou se demitisse.

De acordo com o Observador, a Thermalvet, detida a 40% pelo marido de Ana Abrunhosa, recebeu 133 mil euros de um total de 303.275 euros, o que corresponde a mais de um terço dos fundos comunitários recebidos pelo país. Esta empresa foi fundada em outubro de 2020, 15 dias antes do arranque do projeto.

Leia Também: Apagar gravação? PS "pede desculpa" por "momento infeliz" de deputada

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