O anúncio foi feito no Fórum TSF desta manhã, onde explicou que fez uma ponderação depois da "surpresa" com a saída de João Cotrim Figueiredo, considerando ter condições para "liderar uma lista para uma nova fase de crescimento" do partido.
"Creio sinceramente que posso e vou liderar uma lista ao partido para uma nova fase de crescimento, com um programa muito centrado e uma mensagem muito centrada no crescimento e na mobilidade social. É com todo o gosto e toda a honra e responsabilidade que confirmo que vou ser candidata", disse.
Questionada sobre quais as diferenças que apresenta em relação a Rui Rocha, também deputado liberal, que avançou no domingo para esta corrida eleitoral, Carla Castro afirmou que haverá "certamente diferenças quer do ponto de vista da gestão interna do partido quer de modos e prioridades externas", deixando claro que ambos têm "uma matriz de liberalismo político, económico e social" e ambos respeitam a matriz que tem permitido o "crescimento de sucesso da IL" ao contribuírem, "de formas diferentes", para este crescimento.
"Não há um aqui um renegar, não há uma rutura, mas há sim uma nova fase", assegurou, garantindo que pretende "aproveitar o enorme capital que o partido tem porque o partido tem uma força e uma energia que pode ser muito potenciada".
Para lá de "respeitar liberais em toda linha", a deputada que agora será candidata à liderança destacou o tema da mobilidade social, que considera que não tem tido a atenção devida em Portugal.
"Estou ao dispor para levar o liberalismo a outra fase agora", enfatizou.
Sobre as declarações de António Costa de segunda-feira, Carla Castro foi perentória: "Acho bastante lamentável. Obviamente não me revejo rigorosamente nada. Não sou populista, sou reformista".
Hoje mesmo, Rui Rocha anunciou que vai propor ao Conselho Nacional que a convenção se realize apenas em janeiro, um mês depois do previsto, para que o tempo não seja uma limitação para quem quiser concorrer.
No domingo foi anunciado que as eleições para a comissão executiva da Iniciativa Liberal (IL) vão ser antecipadas e que o presidente João Cotrim Figueiredo não será novamente candidato ao cargo, uma corrida à qual já se apresentou o deputado Rui Rocha.
O 24º Conselho Nacional foi convocado para 06 de novembro, em Coimbra, reunião na qual será aprovada a data e o Regimento da VII Convenção Nacional da IL.
No domingo, em declarações à agência Lusa, Cotrim Figueiredo assegurou que a decisão de antecipar eleições sem se recandidatar não se deveu a problemas internos, mas a uma "análise política objetiva", deixando claro que continuará a ser deputado depois de sair da liderança.
A VII Convenção Nacional está prevista realizar-se em dezembro e antes desta antecipação de eleições para a comissão executiva hoje anunciada ia apenas eleger os membros do conselho nacional, do conselho de jurisdição e do conselho de fiscalização uma vez que os calendários estavam desfasados.
Na última convenção, em dezembro de 2021, a lista única de João Cotrim Figueiredo à comissão executiva da IL foi eleita com 94% dos votos, sendo assim o presidente reeleito para um novo mandato à frente dos destinos liberais.
Em 08 de dezembro de 2019, na reunião magna em Pombal em que foi eleito para o primeiro mandato, Cotrim Figueiredo, também em candidatura única, recolheu então 96% dos votos na III Convenção Nacional do partido.
Cotrim Figueiredo foi o primeiro deputado eleito da IL, em 2019, então como deputado único, tendo nas eleições legislativas antecipadas deste ano o partido conseguido passar de um para oito deputados, tornando-se na quarta força política.
[Notícia atualizada às 11h44]
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