PAN aproveita COP27 para lançar farpa ao Governo: "Não passam do blá blá"

Inês Sousa Real questiona "legado" que está a ser deixado às gerações futuras.

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Carmen Guilherme
07/11/2022 14:46 ‧ 07/11/2022 por Carmen Guilherme

Política

Ambiente

A líder do PAN, Inês Sousa Real, criticou, esta segunda-feira, o Governo, pela forma como estão a ser tratadas as alterações climáticas em Portugal, nomeadamente a sua inação perante a destruição de zonas como as Alagoas Brancas, junto à cidade de Lagoa.

Esta posição da porta-voz do PAN foi partilhada numa reação a um comentário do secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de discursar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), a decorrer no Egito.

"Acabo de avisar os líderes globais na COP27: Estamos numa autoestrada para o inferno do clima com o pé no acelerador. O nosso planeta aproxima-se rapidamente de pontos de viragem que tornarão o caos climático irreversível. Precisamos de uma ação climática urgente", escreveu Guterres, numa publicação deixada na rede social Twitter.

Na mesma rede social, Inês Sousa Real aproveitou para partilhar a publicação do secretário-geral da ONU e lançar 'farpas' ao Executivo de António Costa.

"Mas depois em Portugal destroem-se zonas como as Alagoas Brancas e do Governo não se ouve uma palavra! Que belo legado estão a deixar para as gerações futuras... não passam do blá blá blá", criticou. 

Recorde-se que, no passado mês de outubro, o PAN avançou com uma queixa junto do Ministério Público para tentar travar um projeto imobiliário aprovado para a zona húmida temporária denominada Alagoas Brancas, que classificou como "atentado ambiental". 

"Em causa está a preservação de uma das últimas zonas húmidas de água doce do Algarve, a zona das Alagoas Brancas, que alberga uma vasta vida selvagem, incluindo espécies protegidas a nível nacional e europeu", disse, na altura, o partido, em comunicado, lembrando ainda que a Assembleia da República recomendou ao Governo a proteção de Alagoas Brancas. 

Várias associações ambientais também têm protestado contra este projeto que, segundo a Câmara de Lagoa, passou por todas as fases de licenciamento previstas na lei.

É de realçar que a COP27, que decorre até 18 de novembro, estão reunidos decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais.

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