Ana Gomes criticou, esta segunda-feira, a FIFA, por ter proibido os jogadores de utilizar a braçadeira 'One Love', que reivindica os direitos da comunidade LGBT, nos jogos do Mundial'2022, e desafiou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e o primeiro-ministro, António Costa, a usar o adereço na sua deslocação ao Qatar.
"O mínimo é PR, PAR e PM, se sempre lá vão ao Qatar, usarem uma tal braçadeira. Ou vão sujeitar-se a que a mafiosa FIFA mande neles???", começou por escrever a antiga eurodeputada no Twitter, em comentário a uma publicação sobre o tema.
"É uma mensagem política, é. So what? [E daí?] A política faz parte da vida…", acrescentou.
O mínimo é PR, PAR e PM, se sempre lá vão ao #Catar, usarem uma tal braçadeira. Ou vão sujeitar-se a que a mafiosa FIFA mande neles??? https://t.co/jy0EgQ6Zxy
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) November 21, 2022
Recorde-se que a FIFA anunciou, no domingo, a proibição, ameaçando sanções desportivas aos capitães que usassem a braçadeira. Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça, - que previam usar o adereço de apoio à causa LGBT - recuaram, expressando, contudo, frustração face à inflexibilidade demonstrada pela FIFA.
Entretanto, a FIFA antecipou para a fase de grupos o uso de uma nova braçadeira, que estava previsto a partir dos quartos de final, e que foi já estreada no Inglaterra-Irão. 'Não à discriminação' é o nome da campanha que suporta esta nova braçadeira, que o organismo diz estar em consonância com os seus regulamentos de equipamentos.
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