Em declarações à agência Lusa, Rui Rocha adiantou algumas das novidades na organização da comissão executiva que propõe nas próximas eleições internas da IL, cuja apresentação da equipa está marcada para o próximo sábado, em Lisboa.
O candidato a presidente da IL quer fazer algumas alterações e propõe a criação na direção de "um conjunto de pelouros para tornar o partido mais forte, mais ágil, mais rápido e com mais capacidade de impacto".
"Haverá pelouros ligados à política regional da Madeira e dos Açores e à política europeia precisamente para prepararmos e termos capacidade de intervenção política na preparação dos futuros atos eleitorais", revelou, explicando o "foco total nestas três eleições" que decorrem durante o mandato do próximo líder e nas quais traça o objetivo de crescimento do partido.
Segundo Rui Rocha, vai ser criado ainda um pelouro de talento, um de comunicação interna e um outro para "assegurar a ligação entre o parlamento e os órgãos nacionais e locais do partido, para que a informação flua, para que os núcleos possam participar na formação das decisões no parlamento e que também possam ser informados das decisões tomadas no parlamento".
"E uma nova dimensão para aquilo que era o gabinete de estudos, que foi uma área importante no partido e com um contributo importante, mas que queremos agora redimensionar e trabalhar de uma forma ainda mais eficaz criando uma área de investigação e conhecimento político que vai ter uma área de reflexão e conhecimento sobre grandes temas", detalhou.
Além desta atribuição de pelouros a cada membro da comissão executiva, segundo o liberal, a sua direção terá um "reforço das competências".
"Nós teremos membros da Comissão Executiva desde Braga a Bragança, Viseu, Faro, Madeira, Açores, portanto, com uma distribuição territorial e uma representação territorial importante e também trazendo competências importantes para o partido em áreas onde temos estado menos presentes, como o ambiente, a sustentabilidade, a defesa ou a segurança", detalha.
Para Rui Rocha, esta "representação territorial alargada" na direção traduz a "visão de um partido que cresce em todo o território".
"Vai haver uma clara definição daquilo que são as responsabilidades de cada um dos membros da comissão executiva e daquilo que esperamos do contributo de cada um destes membros", referiu.
Depois da surpresa do anúncio das eleições antecipadas na IL e às quais o atual líder João Cotrim Figueiredo não se vai recandidatar, Rui Rocha e Carla Castro, ambos deputados e da comissão executiva, são os dois nomes que estão para já na corrida para a disputa eleitoral que terá lugar na convenção eletiva de janeiro do próximo ano em Lisboa.
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