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Preços alterados nos hiper? Ex-ministro defende que se divulguem nomes

O ex-governante Teixeira dos Santos comentou a situação de alterações dos preços nas superfícies comerciais, considerando que a situação é "injustificável".

Preços alterados nos hiper? Ex-ministro defende que se divulguem nomes
Notícias ao Minuto

08:33 - 23/12/22 por Teresa Banha

Política Teixeira dos Santos

O ex-ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos considerou, na quarta-feira, que a prática de os supermercados cobrarem um preço diferente do que aquele que está estabelecido nas prateleiras é "um processo de desinformação do consumidor".

"É importante que publicamente se saiba quem é que está a fazer isto", sublinhou o comentador durante a emissão na CNN Portugal, dado que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) não revelou quais os hipermercados que o estão a fazer, apenas garantindo à mesma estação de televisão que foram abertos 26 processos-crime pela prática de especulação de preços em bens alimentares como massas, cereais, leite, ovos, carne e atum.

"É importante que os consumidores saibam quais são as superfícies que estão a violar estas regras - que são regras básicas de lealdade e transparência para consumidores [...]. É bom que se saiba quem é que está a ter estas práticas", repetiu.

O antigo responsável pela pasta das Finanças entre 2005 e 2011 apontou ainda que há "claramente uma falta de transparência" e que esta alteração de preços entre as prateleiras e a caixa registadora é um "processo de desinformação do consumidor".

"É condenável e injustificável. Não pode haver justificação alguma para que as grandes superfícies - em particular tenham comportamentos dessa natureza e não assegurem que o preço que está na prateleira é o preço que vai ser cobrado na caixa registadora", considerou.

O economista referiu ainda que, face a a esta situação, a autoridade deverá intervir e abrir processos. "São práticas ilegais, processos-crime e, de forma alguma, as entidades que tiveram estas práticas podem beneficiar delas", considerou, explicando que estas entidades não poderão amealhar os "gastos injustificados" resultantes.

"É importante que haja transparência nos preços, que aquilo que está na prateleira corresponda àquilo que é praticado na caixa e que a autoridade - ASAE em particular - deve assegurar que assim é. Os processos-crime terão o seu tempo para ser resolvidos", rematou.

Para além dos quase 30 processos-crime abertos nos últimos meses, a ASAE explicou ainda à CNN que foram fiscalizados 562 operadores económicos.

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