Demissão? "Só mais um episódio de série de trapalhadas do Governo"

O 'vice' do PSD acusou o Governo de António Costa de "confundir maioria absoluta com poder absoluto" e que a polémica em torno de Alexandra Reis é "mais um caso em que os esclarecimentos nada esclarecem".

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Márcia Guímaro Rodrigues
28/12/2022 11:28 ‧ 28/12/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Política

PSD

O vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, reagiu, esta quarta-feira, à saída da ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis,  do Governo, que acusou de “confundir maioria absoluta com poder absoluto” e de “continuar a brindar os portugueses com a fava da incapacidade governativa, do desnorte e do desconhecimento”.

Em conferência de imprensa, o social-democrata afirmou que o Governo liderado por António Costa “se escusa ao escrutínio” e dá “respostas que nunca são cabalmente esclarecedoras”.

Miguel Pinto Luz fez ainda um balanço sobre a saída de membros do Governo nos últimos meses, que incluem a ministra da Saúde e o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, este último também marcado por polémicas.

“Ontem tivemos uma nova demissão. O caso de Alexandra Reis é, infelizmente, só mais um episódio desta série de trapalhadas do Governo de António Costa. Uma demissão feita à 25.ª hora e só levada a cabo ao escrutínio da comunicação social e à estupefação geral da opinião pública, da oposição, e do senhor Presidente da República”, afirmou.

Pinto Luz disse que o partido aguarda "uma posição urgente, clara, exigida ao único responsável por todo este desgoverno, o primeiro-ministro António Costa".

O político disse ainda tratar-se de “mais um caso em que os esclarecimentos nada esclarecem” e em que “as responsabilidades superiores são sacudidas para debaixo do tapete”, nomeadamente do ministro das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, “que assobiam para o lado e dizem nada saber”. “Como se um não tivesse a tutela da TAP e o outro não tivesse a própria Alexandra Reis como sua secretária de Estado”, ironizou.

Para o PSD, existe “uma ausência de controlo governativo sobre o que se passa na TAP” e “falta de escrutínio sobre uma empresa, em que mais de três mil milhões de euros do dinheiro dos portugueses já foi injetado”.

E questionou: “Como é que o senhor primeiro-ministro nunca sabe de nada? Que Governo é este em que os ministros são sistematicamente descredibilizados, perdem a sua autoridade política, mas o primeiro-ministro não pede responsabilidades? Que gestão faz António Costa deste governo para que estes casos, estas trapalhadas, sejam a constante anormalidade da ação governativa?”

Alexandra Reis demitiu-se depois de o Correio da Manhã ter noticiado, no sábado, que a secretária de Estado recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros da TAP por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

O caso levantou uma onda de críticas e levou Medina, mas também Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, a pedir à administração da TAP "informações sobre o enquadramento jurídico do acordo" celebrado com Alexandra Reis, incluindo a indemnização paga. 

Leia Também: Alexandra Reis? Saída "peca por tardia, não devia ter integrado Governo"

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