O CDS apelou, esta quinta-feira, e após a demissão de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa "para dissolver o Parlamento" e "convocar eleições antecipadas" - "devolvendo a palavra aos portugueses para resolverem esta crise política".
"Este Governo PS é o Governo com a maioria absoluta mais absolutamente instável da democracia em Portugal", começa por afirmar Nuno Melo, líder dos democratas cristãos, numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
"Se é certo que o ministro Pedro Nuno Santos e os secretários de Estado Hugo Mendes e Alexandra Reis se demitiram, o assunto está longe de ter terminado", até porque, prossegue, "dez alterações no elenco governativo, em nove meses de vida, mostram um Governo esgotado, com problemas apenas normais em Governos velhos de anos".
E mais: "Desde que tomou posse em março, o primeiro-ministro vem substituindo ministros e secretários de Estado em média superior a um por mês, enquanto o Governo soma casos graves, por vezes com relevância criminal e de promiscuidade institucional, à razão quinzenal". "Por muito menos, caíram outros governos em Portugal".
Para o CDS, "o ciclo socialista terminou, o Governo está esgotado", o país "está novamente num pântano, o que põe em causa o normal funcionamento de instituições básicas do regime". "Pelo que o CDS apela ao senhor Presidente da República para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, devolvendo a palavra aos portugueses para resolverem esta crise política".
"Portugal precisa de outra solução, que traga confiança aos portugueses e inverta o atual momento de descrença e instabilidade", conclui.
De recordar que as eleições legislativas do início do ano, ficaram marcadas pela maioria absoluta conquistada pelo PS e pela perda de representação parlamentar do CDS-PP, que, em 2019, foi o quinto partido mais votado, elegendo cinco deputados.
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