O ministro das Finanças, Fernando Medina, vai esta sexta-feira ao Parlamento para uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças, a propósito do caso que envolve a TAP e Alexandra Reis, depois de o PSD ter apresentado um requerimento potestativo.
Antes da audição, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), falou aos jornalista, a partir da AR, e disse ser "inaceitável" que o Governo diga que não sabia o que se passava na TAP quando o Estado detém "a participação maioritária" da transportadora aérea.
"O Estado dizer agora que não tinha conhecimento do que se passava na administração da TAP é incompreensível e inaceitável", atirou o deputado bloquista, aproveitando o momento para apontar o dedo, mais afuniladamente, a Fernando Medina.
"O ministério das Finanças vir dizer que não teve nenhuma informação, merece no mínimo uma explicação mais pormenorizada", sublinhou Pedro Filipe Soares, justificando a sua afirmação com o facto de o Estado, no contexto, na Assembleia Geral da TAP, onde foi discutida a indemnização de Alexandra Reis, "é representado pela direção-geral do Tesouro e Finanças, tutela do ministério das Finanças".
Recorde-se que, depois de ter vindo a público a indemnização de 500 mil euros, recebida pela secretária de Estado do Tesouro quando saiu da TAP, em fevereiro de 2022, o ministro das Finanças decidiu demiti-la. A demissão aconteceu no dia 27 de dezembro, menos de um mês depois de a ter convidado para este lugar no Governo.
O caso de Alexandra Reis fez cair o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que tutelava a TAP, apesar de, na altura dos factos, esta ser secretária de Estado do ministério das Finanças, chefiado por Fernando Medina.
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