MP pede prisão preventiva para antigo autarca de Espinho
Miguel Reis e empresário civil Francisco Pessegueiro são acusados de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências na Operação Vórtex.
© Facebook/ CM Espinho
Política Miguel Reis
O Ministério Público (MP) pediu, esta sexta-feira, prisão preventiva para o antigo presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, que renunciou na quinta-feira ao cargo, e Francisco Pessegueiro, empresário proprietário da empresa de construção civil Pessegueiro Investments, avançou a CNN Portugal. A cadeia televisiva cita Reis, que assegura estar "de consciência absolutamente tranquila", e cuja imunidade parlamentar o Ministério Público quer ver levantada.
Na terça-feira, Miguel Reis (PS), um funcionário da autarquia e três empresários foram detidos no âmbito da Operação Vórtex, por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
As medidas de coação dos arguidos só serão conhecidas no sábado, às 12h00.
Segundo disse o chefe de gabinete da presidência da Câmara de Espinho, Nuno Cardoso, à Lusa, "a investigação incide essencialmente sobre operações urbanísticas realizadas no mandato anterior". Uma visão que, no entanto, Pinto Moreira, autarca em Espinho entre 2009 e 2021, contesta. Entretanto, também ele, que era atualmente vice-presidente da bancada social-democrata e presidente da comissão de revisão constitucional do PSD, renunciou a ambos os cargos.
Três dos detidos no âmbito desta operação foram restituídos à liberdade, após audição no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto. "A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.
Além de Miguel Reis, foram detidos o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia de Espinho, José Costa, e três empresários.
[Notícia atualizada às 14h07]
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