Estas palavras foram proferidas por António Costa no final de uma longa intervenção perante a Comissão Nacional do PS, que decorre em Coimbra, numa alusão aos casos que têm marcado a vida interna deste partido, no plano autárquico ou ao nível governativo.
"Estes 50 anos são uma história que nos deve honrar a todos e que nos confere uma enorme responsabilidade de a saber honrar, porque o PS não é um partido qualquer, nasceu quando era proibido os partidos nascerem", disse, numa referência à fundação deste partido por Mário Soares na Alemanha, em 1973, ainda no período do Estado Novo.
Para António Costa, essa história do PS "impõe uma grande responsabilidade".
"Impõe-nos que em cada momento sejamos muito exigentes connosco próprios, mais exigentes connosco próprios, porque nunca devemos esquecer todos aqueles que temos de honrar e respeitar. Por isso, da escolha de presidentes de juntas de freguesia à escolha de membros do Governo, temos de ser mesmo muito exigentes, muito mais exigentes, porque temos 50 anos de história e um património que temos de honrar e respeitar", frisou.
Na reunião, a ouvir estes recados, está a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, responsável pela nomeação de Carla Alves para sua secretária de Estado, em que apenas permaneceu 26 horas até ser atingida por um caso judicial que envolve o seu marido, Américo Pereira, ex-presidente da Câmara de Vinhais.
Ausentes da reunião estão o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação Pedro Nuno Santos, que se demitiu do Governo em consequência da indemnização de meio milhão de euros que a ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis recebeu para sair das funções de administradora da transportadora aérea nacional TAP.
Das principais figuras do Governo, está presente na reunião máxima entre congressos dos socialistas a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, também membro do Secretariado Nacional do PS.
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