"O dinheiro é público mas o Presidente da Câmara de Lisboa diz que são os outros que decidem?! Quem é que coloca a assinatura do cheque? É o Papa ou o Sr. Presidente da Câmara?"
Foi deste modo que, através da rede social Twitter, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares reagiu à polémica que envolve o valor que vai custar o palco-altar que receberá o Papa Francisco durante as Jornada Mundial da Juventude (JMJ) - que irão decorrer em Lisboa -, e às declarações de Carlos Moedas, presidente da autarquia, que, esta terça-feira, veio 'defender' o mais de quatro milhões de euros gastos.
O líder parlamentar bloquista deixou ainda, na mesma mensagem, uma questão: "É esta a gestão pública que a Direita defende?"
O dinheiro é público mas o Presidente da Câmara de Lisboa diz que são os outros que decidem?!
— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) January 25, 2023
Quem é que coloca a assinatura do cheque? É o Papa ou o Sr. Presidente da Câmara?
É esta a gestão pública que a direita defende?https://t.co/cA1YIojcqW
Recorde-se que, na terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, disse que sabia que a construção do altar-palco para a JMJ ia ficar muito cara, indicando que será realizada com as especificações da Igreja. "Queremos que esse palco, essa infraestrutura, fique para o futuro e que muitas dessas infraestruturas fiquem para o futuro. Eu sabia que isto ia ser muito caro, que era um investimento muito grande para a cidade", indicou.
"As especificações daquele palco foram definidas em reuniões que tivemos com a Jornada Mundial da Juventude, com a Igreja e com a Santa Sé [Vaticano]. Nós estamos na Câmara a executar essas especificações para um palco de 1,5 milhões de pessoas", salientou ainda o autarca.
A Jornada Mundial da Juventude é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre julho e agosto. Lisboa foi a cidade escolhida em 2019 para acolher o encontro de 2022, que transitou para 2023 devido à pandemia de Covid-19.
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