Chega? "Alimenta-se da frustração coletiva para se tornar audível"
Declarações foram feitas no Congresso Nacional do Chega, que se realizou durante o fim de semana, em Santarém.
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Política PSD
O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Pinto Luz disse, este domingo, que o partido tinha noção de que havia um conjunto de eleitores que se juntavam ao Chega, "e a outros partidos dos extremos" devido à frustração.
"Porque estão zangados. Há 15 anos, em 20, que há governação socialista, os serviços públicos não funcionam, a escola pública não garante mobilidade social e há empobrecimento coletivo dos portugueses", referiu, em declarações aos jornalistas.
Falando na Congresso Nacional do Chega, o 'vice' social-democrata comparou ainda o partido aos bloquistas. "É o Bloco de Esquerda da Direita", apontou.
"Alguém que se alimenta da frustração coletiva para se tornar audível. É alguém que procura o desconforto, o berro, para poder arregimentar cada vez mais apoios", justificou.
O responsável sublinhou que só há uma alternativa ao Governo. "Só há um partido capaz de destronar e de ganhar ao Partido Socialista. Esse partido é o PSD", rematou, acrescentando que os eleitores de que falava serão confrontados "na altura certa", referindo-se às eleições.
Sobre se há espaço para negociações com o Chega, Pinto Luz afastou a possibilidade de isso ser um assunto a ser discutido agora. "Não é o tempo, nem o local, para fazer essa discussão", atirou.
Questionado ainda sobre se não estranhava que o PSD, e o seu líder, Luís Montenegro, tenham sido alvo de críticas durante este fim de semana, Pinto de Luz reforçou. "É uma opção do Chega - e o tal partido de berro - que se alimenta dessa zanga coletiva".
Ainda quanto às declarações do líder do Chega, André Venturam que ontem disse que não haveria uma 'geringonça' de Direita com o PSD, referindo ainda que a existir uma coligação os social-democratas deveriam ser capazes "de mudar algumas características do seu ADN", Pinto Luz respondeu: "Percebo essa falta de maturidade de um partido novo como é o Chega. Não tem qualquer adesão à realidade".
O responsável social-democrata referiu ainda que marcou presença devido ao convite institucional que foi feito, assim como o fez minutos antes a ministra dos Adjunta e dos Assuntos Parlamentares. Ana Catarina Mendes referiu, à saída, que o que viu foi um "incitamento ao ódio", afastando o Governo do partido liderado por André Ventura.
[Notícia em atualização]
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