"Se fosse primeiro-ministro, Medina já não era ministro das Finanças"
O líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, comentou, esta segunda-feira, as conclusões do relatório da IGF sobre a indemnização atribuída pela saída de Alexandra Reis da TAP.
© Getty Images
Política Luís Montenegro
O líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, elaborou, esta segunda-feira, a propósito das conclusões do relatório da IGF sobre a indemnização atribuída a Alexandra Reis na saída da TAP, que "se fosse primeiro-ministro, um ministro das Finanças que tivesse agido como Fernando Medina já não era ministro das Finanças".
"O Governo, ao fazer cessar de funções o chairman e a CEO da TAP quer, no fundo, sacudir a água do capote, arranjar bodes expiatórios para uma responsabilidade política que é sua", começou por atirar Montenegro, quando questionado pelos jornalistas em Vila Nova de Gaia, após ter estado na celebração os 17 anos do Clube dos Pensadores.
Num jogo de culpas que, na sua ótica, de maior responsabilidade atribuída ao ministro das Finanças, o líder partidário lembra que Medina "não se pode esquecer que assinou também o despacho de Alexandra Reis para a nomeação na NAV e que foi ele a convidá-la para ser secretária de Estado do Tesouro do seu próprio ministério".
No entanto, aponta que "se Fernando Medina não tivesse ido convidar Alexandra Reis para ser secretária de Estado do Tesouro, esta situação talvez não fosse sequer do conhecimento público".
Num processo que considera ter "contornos de legalidade muito duvidosos", Montenegro mostra-se curioso para "os próximos episódios do ponto de vista jurídico na parte política, que é aquela que interessa".
"É importante ir aferir se, nos últimos anos de gestão da TAP, há mais situações, quais são, quem é que as decidiu", rematou, frisando que tem notado uma "total ligeireza por parte dos membros do Governo".
A IGF concluiu que o acordo celebrado para a saída de Alexandra Reis da TAP é nulo, adiantou hoje o Governo, que vai pedir a devolução da indemnização.
Na sequência das conclusões do relatório, o Governo exonerou o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, e anunciou que escolheu Luís Silva Rodrigues, que atualmente lidera a SATA, para assumir ambos os cargos.
[Notícia atualizada às 23h15]
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